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Agora é cada vez mais difícil seguir páginas no Facebook

É uma das maiores mudanças de sempre naquela rede social. Passamos a ver muito menos publicações de páginas e muito mais ‘posts’ de amigos e familiares.

Concerteza que já deve ter reparado ultimamente no seu ‘feed’ que deixou de ver as páginas que seguia/tinha gostado e passou a ver mais do que se passava com pessoas que até nem se lembrava de que eram suas amigas.

Pois agradeça ao Facebook. A empresa de Mark Zuckerberg quer diminuir a presença de ‘links’ externos na rede social e por isso nem as notícias você vai poder ver/acompanhar.

Tendo em conta que atualmente, e apesar do Face ser agora um espaço quase só para faixas etárias mais velhas, as pessoas recorrerem àquela rede para ler notícias – de órgãos de comunicação social verdadeiros (não confundir com as teorias da conspiração que os amigos costumam partilhar sempre) -, é um mau auguro.

O mesmo se aplica a outras empresas e marcas que segue. Estas ‘são forçadas’ agora a ter de apostar mais em ‘posts’ pagos de forma a aumentar o alcance (ou seja, de forma a aumentar o público que vai ler isso, sendo que assim já lhe vai aparecer no ‘feed’).

Tendo em conta que o Zuckerberg era inicialmente reticente em colocar a empresa na bolsa, trata-se de uma decisão, no mínimo, irónica. Pois o que esses ‘posts’ pagos trazem é só e apenas receitas da rede em publicidade.

E se com esta mudança, a intenção do fundador do Facebook é travar as ‘fake news’ (notícias falsas), é uma má ‘jogada’.

Isto porque assim qualquer utilizador pode escolher o ‘link’ de um blog que publica notícias falsas e partilhá-lo como se fosse verdadeiro. E esse utilizador nem precisa ser um amigo verdadeiro. Além de que não são seguramente as empresas de comunicação social que partilham ‘fake news’.

E o pior é que, agora que as notícias reais e verdadeiras já não aparecem no nosso ‘feed’ do Facebook, vamos ficar “alheados da realidade” pois seremos invadidos pelas informações falsas/teorias da conspiração, em vez do que realmente aconteceu.

O Facebook foi criado em 2006 e agora que está a perder terreno para as novas gerações, que procuram outras redes (os jovens estão no Instagram e outras idênticas enquanto os mais elitistas preferem o Twitter), pois estas mudanças podem levar a uma descredibilização.

Até porque a partir do momento que nos surge no ‘feed’ um ‘post’ patrocinado/pago, o mais certo é ignorarmos.