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Carrilho ameaçou matar Bárbara Guimarães

Manuel Maria Carrilho é alvo de processo por violência doméstica por parte da ex-mulher, Bárbara Guimarães. O jornal “i” teve acesso ao despacho do Ministério Público referente ao processo interposto pela apresentadora e revela que o antigo ministro da Cultura terá ameaçado matar a ex-mulher, os filhos e suicidar-se, entre outros episódios de violência e agressão.

A relação entre Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho terá piorado depois do antigo ministro da Cultura voltar de Paris, onde foi embaixador, e de a filha mais nova ter nascido, em 2010. Foi nessa altura que este começou a isolar-se e a vigiar todos os passos da ex-mulher.

O processo revela que os insultos começaram a surgir numa base diária: “És uma alcoólica”, “não vales nada”, “estás acabada”, “não tens cabecinha para nada”, “os teus filhos dizem-me que querem que a mãe morra”, terá ouvido a apresentadora, que começou a falar em separação.

“Não penses que te dou o divórcio, primeiro dás-me os cheques que me deves, depois tens de me dar os filhos e só depois é que me disponho a falar desse assunto, toma cuidado comigo porque tu não sabes daquilo que sou capaz, nunca perdi uma guerra, nunca mais vais ver os teus filhos”, terá dito Carrilho a Bárbara numa das discussões, conforme se lê no despacho.

No entanto, o episódio mais grave aconteceu a 23 de agosto de 2013. Bárbara regressava de umas férias no Brasil com os dois filhos e, de acordo com o despacho, nessa mesma noite foi agredida “com socos e pontapés pela cabeça e pelo corpo”. Conseguiu fugir de casa e, nas escadas do prédio, ligou à cunhada. “Acabei de levar uma tareia do teu irmão”, terá dito a apresentadora.
A irmã de Carrilho disse-lhe para sair da casa, mas Bárbara não queria deixar os filhos com o ex-marido naquele estado e voltou a entrar no apartamento. “Então, já foste fornicar?”, perguntou-lhe Carrilho, à porta. Depois foi buscar a filha, que estava no quarto, e disse à frente da menina: “Olha, C., queres ficar com esta mãe maluca?”.

Na mesma noite, terá ido buscar uma faca à cozinha a apontou-a à mulher, quando esta estava com a filha ao colo. “Se me deixas vai haver muito sangue, mato-te a ti, mato os nossos filhos e depois mato-me a mim”, refere o documento do Ministério Público.

“O arguido quis e conseguiu molestar física e psicologicamente a denunciante (Bárbara Guimarães) e mantê-la intimidada e submissa à sua vontade, afastada de outras pessoas”, conclui o despacho.

Carrilho também é acusado de devassa da vida privada (chegou a tirar fotografias à ex-mulher no banho e ameaçou publicá-las na internet) e de 22 crimes de difamação (por entrevistas à comunicação social).

Barbara Guimaraes Carrilho