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Hollande confirma recuperação de caixa negra do AH5017

Em apenas oito dias, três tragédias aéreas mataram 462 pessoas. Depois da tragédia ucraniana e da catástrofe em Taiwan, despenhou-se ontem um avião no Mali.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) afirma que, apesar dos últimos acidentes, “voar continua a ser seguro”. “A maior prioridade de todas as empresas é segurança”, refere. Segundo a Iata, o caso do Boeing abatido na Ucrânia foi “um crime” e um “ataque contra o sistema de transporte áereo, que é um instrumento para a paz”.

Entretanto, a França descarta que o acidente do voo AH5017 da Air Argélia, tenha sido resultado de um ataque terrorista. Dos 116 passageiros do avião, 51 eram de nacionalidade francesa.

O presidente francês, François Hollande, afirmou hoje que foi recuperada uma caixa negra do avião da Air Argélia que se despenhou no Mali, reiterando que não há “nenhum sobrevivente” entre os destroços.

“Uma caixa negra foi encontrada e enviada para Gao”, no norte do Mali, para os militares franceses que mantêm a zona segura, indicando ainda que a caixa negra “deverá ser examinada o mais rapidamente possível.

Para o presidente François Hollande as condições meteorológicas adversas são a causa mais plausível para o acidente sendo que também o ministro francês do Interior, Bernard Cazenueve, e o secretário de Estado dos Transportes, Fréderic Cuviller, partilham desta opinião.

Na base estão várias conclusões retiradas no local. Primeiro, os destroços do aparelho estavam concentrados num só espaço, o que significa que não houve nenhuma explosão prévia no ar antes do avião se despenhar. Segundo, o forte odor a queroseno revela que o depósito de combustível não terá explodido no ar.

O presidente francês encontra-se reunido, desde as 10h00, com outros membros do governo para abordar as causas do acidente, depois de ter em sua posse a caixa negra do aparelho, dado que os seus soldados foram os primeiros a chegar ao local, e esta tarde deverá revelar mais pormenores sobre o que se passou, refere o El Pais.

Lembre-se que a França, a Argélia, a Nigéria e Mali participaram nas buscas do avião que partira de Uagadugú com destino à Argélia, antes de se despenhar em Mali.

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