Cultura

Manuel Jorge Marmelo vence o Prémio Literário Casino da Póvoa 2014

Manuel Jorge Marmelo foi o vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa 2014, no valor de 20 mil euros, com o romance “Uma Mentira Mil Vezes Repetida”, editado pela Quetzal em 2011.

O júri, constituído por Isabel Pires de Lima, Carlos Quiroga, Patrícia Reis, Pedro Teixeira Neves e Sara Figueiredo Costa, escolheu a obra de uma lista de quinze finalistas e de um total de 180 obras a concurso.

Manuel Jorge Marmelo já tem mais de 20 títulos publicados. O prémio será entregue no próximo sábado, dia 22, na sessão de encerramento da 15.ª edição do Festival Literário Correntes d’Escritas.

Para além de Manuel Jorge Marmelo, o júri desta edição do prémio do Encontro de Escritores de Expressão Ibérica analisou obras de Rui Zink, Ricardo Menéndez Salmón, António Cabrita, Pepetela, José Eduardo Agualusa, Juan Marsé, Inês Pedrosa, Michel Laub, Julieta Monginho, Valter Hugo Mãe, Dulce Maria Cardoso, Manuel da Silva Ramos, Mário de Carvalho e Sandro William Junqueira.
Nesta sessão de abertura do certame literário, foi também conhecida a vencedora do Prémio Correntes d’Escritas/Papelaria Locus, atribuído a Luísa Raquel Morgado, que concorreu com o pseudónimo Hithu, apresentando a obra “Jardins vazios de Novembro”.
Quanto ao prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas/Porto Editora, o primeiro lugar foi para a obra “O guarda-chuva de Mariana”, escrito pela turma 4.º 1 SEV, da Escola EB 1 de Sever de Vouga.
No programa constava ainda a entrega do prémio Fundação dr Luís Rainha/Correntes d’Escritas que não foi atribuído, alegando o júri “que os trabalhos apresentados não tinham qualidade”.

O Correntes d’Escritas é um encontro de escritores de expressão ibérica, que se realiza na Póvoa de Varzim há 15 anos, e que nesta edição junta mais de 60 autores, que durante 3 dias vão marcar presença em inúmeras iniciativas em torno da literatura.

Print

Leia a sinopse do livro:

“Para escapar ao anonimato de uma vida comum, à solidão da escrita e ao esquecimento dos futuros leitores, o narrador de Uma Mentira Mil Vezes Repetida inventou uma obra monumental, um autor – um judeu húngaro com uma vida aventurosa – e uma miríade de personagens e de histórias que narra entusiasticamente a quem ao pé dele se senta nos transportes públicos. Assim vai desfiando as andanças literárias de Marcos Sacatepequez e o seu singular destino, a desgraça do Homem-Zebra de Polvorosa, o caos postal de Granada, a maldição do marinheiro Albrecht e as memórias do velho Afonso Cão, amigo de Cassiano Consciência, advogado e proprietário do único exemplar conhecido de Cidade Conquistada, a obra-prima de Oscar Schidinski. Enquanto o autocarro se aproxima de Cedofeita, ou pára na rua do Bolhão, quem o escuta viaja do Belize a Budapeste, passando pelas Honduras, por estâncias alpinas, por Toulon ou por Lisboa. Mas se o nosso narrador não encontrou a glória – senão por breves momentos e na mente alheada de quem cumpre uma rotina – talvez tenha encontrado o amor. Ou será ele também inventado?”.