Atualidade

Jornalista mexicana faz reportagem sobre mansão da primeira-dama e é despedida

Carmen Aristegui fez uma reportagem sobre a aquisição de uma mansão pela primeira-dama mexicana e foi despedida no domingo. O caso está a gerar críticas e uma onda de indignação no México.

A jornalista tinha-se manifestado publicamente contra o seu empregador, a MVS Radio, nos últimos dias, depois de dois dos seus repórteres de investigação terem sido demitidos pela empresa. Numa declaração em direto na sexta-feira, Aristegui exigiu que os seus colegas fossem readmitidos, tendo lamentado o “vento autoritário” no país.

A MVS disse que os dois jornalistas tinham sido demitidos por usarem o nome da empresa sem permissão ao participarem no MexicoLeaks, um sit criado por grupos cívicos e outros meios de comunicação para receberem documentos confidenciais que mostram atos de corrupção.

No domingo, a empresa justificou a saída de Aristegui por esta ter condicionado a sua permanência na emissora à readmissão dos dois repórteres. A MVS afirmou, através de um comunicado, que não poderia permitir que um dos seus colaboradores impusesse “condições e ultimatos à administração”.

A equipa de investigação de Carmen revelou, em novembro do ano passado, que a mulher do presidente Enrique Peña Nieto, a antiga estrela de novelas Angelica Rivera, tinha comprado uma mansão na Cidade do México a um contratado do governo.

A aquisição da mansão de luxo, estimada em sete milhões de dólares (5,6 milhões de euros), foi feita a uma empresa mexicana que integrou o consórcio escolhido no início de novembro para introduzir o comboio de alta velocidade no país.

Angelica Rivera r Enrique Peña Nieto
Angelica Rivera e Enrique Peña Nieto