Atualidade

Guerreiros de Tondela vivem tragédia em dia decisivo

Um incêndio, supostamente provocado pela explosão de uma salamandra, na associação recreativa de Vila Nova da Rainha, em Tondela, este sábado à noite, tirou a vida a oito pessoas e fez pelo menos 38 feridos, dos quais quatro estão em estado crítico.

A tragédia acontece três meses depois dos fogos florestais que devastaram a zona centro do país e que consumiram parte daquele concelho de Viseu.

Na altura as chamas aproximaram-se do estádio do CD Tondela e levaram o clube a ter de improvisar um local de treino. Mas como a tragédia não afetou o campo, às 16h00 deste domingo, dia 14, mantém-se o jogo contra o Feirense.

A última publicação do clube no Facebook só deu conta dos “guerreiros auriverdes alistados para a recepção ao Feirense” na 18º jornada da Liga NOS.

A partida é de extrema importância para o Feirense na luta pela manutenção. “É um jogo que vale seis pontos”, disse o treinador Nuno Manta.

Quanto à tragédia, nove feridos encontram-se em estado grave e, de acordo com declarações do diretor clínico do Centro Hospitalar Tondela – Viseu, há entre quatro a cinco pessoas que correm mesmo risco de vida.

Das 13 vítimas internadas em Viseu há duas pessoas que estão ventiladas na unidade de cuidados intensivos.

O responsável acrescentou ainda que cinco feridos foram transportados para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, três foram para o Hospital de São João, dois para o Santo António e um para a Prelada – todos no Porto. Para Lisboa foram enviados cinco vítimas: dois para o Santa Maria, dois para o São Francisco Xavier e um menor para o Dona Estefânia.

O Presidente da República esteve de manhã em Vila Nova da Rainha a visitar o local onde ocorreu o incêndio e disse ainda ainda que as gentes de Tondela são verdadeiros “resistentes”.

“Há pessoas que conseguem ter mais sorte numa situação destas e outras menos. Havia ao lado uma porta que abria para fora, mas como a que ficava junto às escadas era a mais óbvia, a mais utilizada… a outra que podia ter permitido a saída não foi utilizada”, disse o Chefe de Estado, lamentando e defendendo que “foi tudo muito rápido” e “estando as pessoas em pânico” tornava-se difícil terem-se dirigido à outra porta.

De tarde, Marcelo Rebelo de Sousa foi ter com as famílias das vítimas mortais.

Imagens: Facebook e SIC Notícias