Atualidade

Fábio Coentrão fiel às tradições natalícias das Caxinas

Natural de Vila do Conde, mais propriamente da vila piscatória das Caxinas, o jogador do Sporting não nega as raízes. Tanto que quando Fábio Coentrão partilhou uma foto da sua Consoada, muitos se focaram no facto de todos estarem a comer no chão.

Pois, para quem não sabe, essa é uma tradição de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim. E foram muitos os que não sabiam e por isso passaram ao ‘ataque’.

“Na casa do Coentrão não há mesas. Comem no chão! Feliz Natal Leão”, comentou um. “Que fazem a comer no chão?”, perguntou um espanhol.

“O salário no Sporting é fodido!!”, riu-se outro. “Essa posição! Cuidado com o joelho campeão!”, advertiu um outro.

Na Consoada de Coentrão estiveram igualmente presentes o ex-jogador do Rio Ave André Vilas Boas, a mulher [que é cunhada de Fábio] e o filho bebé.

Passando à tradição. “Para o pescador poveiro, na noite de consoada, o ruivo e o peixe seco eram pratos «obrigatórios». Toda a gente comia no chão e geralmente na cozinha, onde a lenha do fogão servia de aquecimento central”, lê-se no site da Câmara de Póvoa de Varzim, sendo que tem pontos em comum com os rituais de Vila do Conde.

Até porque há centenas de anos, os pescadores viviam em casas muito humildes e pequenas e com famílias numerosas, relembra Bonfim Milhazes que costuma divulgar sobre costumes poveiros e da comunidade piscatória.

“Muito Católicos, no Natal faziam questão de reunir toda a família na casa do “mais velho”. E a mesa da casa tornava-se pequena, era retirada e todos comiam no chão. O Jantar (Ceia de Natal) era servida em grandes bacias de barro umas com o peixe outras com as batatas e outras com com as couves. Nas Caxinas dizia-se «de Camarote pra todos»”.

A autarquia da Póvoa acrescenta: “O Pai Natal era, ainda, um desconhecido e a troca de prendas não entrava nos hábitos da gente da pesca. De árvores enfeitadas, não há qualquer testemunho”, só que Fábio tem sim uma árvore enfeitada. Até porque os tempos são outros.

Fotos: Instagram