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Manuel Maria Carrilho entre a eminência de prisão e o pedido de absolvição

A segunda-feira marcou mais uma sessão do julgamento que opõe Bárbara Guimarães a Manuel Maria Carrilho no caso de violência doméstica e difamações de que a apresentadora foi alvo.

A audiência destacou-se pelo momento em que o advogado de Bárbara pediu pena de prisão de três anos e 10 meses para o ex-ministro, argumentando que foram provados os crimes supracitados.

Foram mais de três horas de alegações com o causídico a garantir que Carrilho “exerceu várias vezes pessão física e psicológica” contra a ex-mulher. Objetivo: “Humilhar e rebaixar publicamente, provocando-lhe danos psicológicos irreparáveis”.

Pedro Reis sublinhou ainda a “personalidade complexa” de Manuel Maria Carrilho, descrevendo-o como “narcísico, vaidoso, egocêntrico, inseguro”. Acrescentou ainda que as agressões físicas e psicológicas começaram em janeiro de 2013, altura em que Bárbara Guimarães demonstrou vontade de se divorciar.

Pedro Reis, advogado de Bárbara Guimarães

Os argumentos serviam de base para o pedido de uma pena que alega não poder ser suspensa pois o “o arguido não está inserido socialmente, não sente arrependimento e tem total incapacidade de interiorizar a ilicitude dos seus atos”. Quer ainda que seja aplicada a pena acessória dele se aproximar da mãe dos filhos, além de cumprir um programa reabilitação de agressores de violência doméstica.

Recorde-se que, numa primeira fase, o Ministério Público tinha pedido três anos e quatro meses de pena suspensa para Carrilho, também dando como provado o crime de violência doméstica de que vem sendo acusado.

Entretanto, o advogado de defesa pediu a absolvição de Carrilho, considerando que as acusações são uma “história patética e muito mal contada”. “Bárbara Guimarães não tem credibilidade, nem coerência e tudo o que afirmou é inverosímil”, afirmou Paulo Sá e Cunha.

Paulo Sá e Cunha, advogado de Carrilho

A última sessão do julgamento antes da leitura da sentença está marcada para dia 04 de dezembro. Recorde-se que, num outro processo relacionado com o ex-casal, a 31 de outubro, o tribunal condenou Manuel Maria Carrilho a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa por agressão, injúrias, violência doméstica, a par de outros crimes cometidos contra a estrela da SIC em 2014, a quem ainda terá de pagar 50 mil euros.

Fotos: César Lomba e arquivo MoveNoticias