Saúde & bem-estar

Doenças Respiratórias e Atividade Física? Sim, é possível!

Sabia que a convivência entre avós e netos estimula a uma maior atividade física? E que o exercício físico apresenta melhorias a todos os níveis, previne e/ou diminui diversas comorbilidades associadas às doenças respiratórias crónicas? Num dia como o de hoje, Dia dos Avós, é sempre bom de se saber isso.

Portugal é um dos países mais envelhecido em comparação com o resto da Europa, só em 2014 Portugal ocupava o quinto lugar, com um total de 2 122 966 idosos.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é uma doença progressiva e irreversível que ataca os brônquios e pulmões. Ocorre devido à exposição inalatória de partículas ou gases nocivos.

Está tão associada ao hábito de fumar, que cerca de 20% de todos os fumadores poderão vir a desenvolver a doença, que progride com a idade, levando à incapacidade e morte prematura.

Inicialmente os sintomas podem ser ligeiros, como tosse acompanhada por expetoração, e constipações frequentes sobretudo no Inverno.

Posteriormente, surge o cansaço fácil e falta de ar, em atividades da vida diária como subir escadas, fazer desporto ou até na atividade sexual.

A doença evolui ao longo de vários anos para a insuficiência respiratória, surgindo sintomas como a perturbação da memória e a dificuldade de concentração entre outros.

Muitas vezes a vida destes doentes resume-se a ficar em casa, sem fazer esforços, o que tem repercussões na vida social e profissional.

A Reabilitação Respiratória (inclui exercício físico e intervenção psicoeducativa), que deve ser iniciada precocemente e mantida mesmo nas fases mais graves, é fundamental e já deu provas da sua eficácia.

A ideia generalizada que estes doentes têm que ficar parados para evitar a falta de ar é errada, sendo benéfico fazer exercício físico adequado à gravidade da doença.

Os benefícios da Reabilitação Respiratória para o doente estão já comprovados:
• Melhoria na funcionalidade;
• Aumento da capacidade para o exercício;
• Melhoria global da qualidade de vida;
• Maior autonomia;
• Diminuição dos sintomas e das incapacidades físicas e psicológicas causadas pela doença respiratória através da capacitação do doente;
• Melhoria da aptidão física, mental e consequentemente da performance dos pacientes, promovendo a reintegração social máxima dos mesmos.

Os benefícios económicos comprovados da reabilitação respiratória:
• Redução dos gastos com a saúde, uma vez que o doente não terá de recorrer com tanta frequência a consultas médicas, idas às urgências e internamentos;
• Segundo o relatório “Portugal – Doenças Respiratórias em Números 2014” da Direção-Geral de Saúde (DGS), os custos associados aos internamentos por doenças respiratórias atingiram 213 milhões de euros em 2013. O custo médio de um internamento por doença respiratória foi, em 2013 de 1892 euros.
• As doenças respiratórias são ainda a terceira mais importante causa de custos diretos relacionados com os internamentos hospitalares, a seguir aos das doenças cardiovasculares e do sistema nervoso.