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Rainha Isabel II diz adeus à UE com roupa simbólica

Esta quarta-feira a monarca, acompanhada pelo príncipe Carlos, abriu o Parlamento britânico pela 64ª vez durante o seu reinado.

A abertura do Parlamento do Estado marca o início formal do ano parlamentar e o discurso da Rainha Isabel II estabelece a agenda do Governo para a próxima sessão. É a única ocasião regular em que se encontram as três partes constituintes do Parlamento – o Soberano, a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns.

E foi na leitura do discurso – que não foi elaborado por Isabel II, mas pelo Governo, descrevendo planos e legislação futura – que a soberana chamou a atenção.

Enquanto lia que o Brexit era uma das medidas do executivo, a rainha estava vestida de azul e com um chapéu com flores azuis e amarelas. Os especialistas da moda não podiam deixar de estabelecer um paralelo entre a sua roupa e as cores da bandeira da União Europeia.

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Embora não haja indicações que esta escolha foi intencional, Elisabeth estabeleceu uma política focada no Brexit e deixou cair uma série de promessas essenciais feitas pela primeira-ministra Theresa May.

A Coroa Estadual Imperial, que viajou de carro para as Casas do Parlamento antes do discurso da monarca, não foi usada por aquela. Mas trata-se de um adereço essencial na cerimónia, sendo que contém quase 2900 diamantes.

Como Chefe de Estado, a rainha deve permanecer estritamente neutra em relação a questões políticas, incapaz de votar ou de se candidatar, no entanto, Sua Majestade tem importantes papéis cerimoniais e formais em relação ao Governo do Reino Unido.

A frase formal “Rainha no Parlamento” (“Queen in Parliament”) é usada para descrever a legislatura britânica, que consiste no Soberano, na Câmara dos Lordes e na Câmara dos Comuns.

Os deveres da monarca incluem a abertura de cada nova sessão do Parlamento, a concessão de Assentimento Real à legislação e a aprovação de Ordens e Proclamações através do Conselho Privado.

A Rainha também tem um relacionamento especial com o primeiro-ministro, mantendo o direito de nomear e também se encontrar com ele/a regularmente.

Além de desempenhar um papel específico no Parlamento do Reino Unido com sede em Londres, ‘The Queen’ tem papéis formais com as assembleias descentralizadas da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.