Atualidade

Conheça as 10 vítimas já identificadas do atentado de Manchester

Milhares de crianças, adolescentes e pais estiveram presentes no concerto de Ariana Grande quando ocorreu uma explosão, provocada por um terrorista bombista, no exterior da Manchester Arena. O atentado, ocorrido na noite desta segunda-feira, matou 22 pessoas e feriu 59.

De acordo com a imprensa, a polícia está confiante que identificou todos aqueles que perderam a vida, sendo que as respetivas famílias já foram informadas.

Alguns dos nomes estão a começar a aparecer, com os entes queridos a fazer tributos emocionais, ainda que haja muitas pessoas desaparecidas.

Até ao momento são conhecidas as identidades de dez vítimas mortais.

Georgina Callander, 18 anos
Georgina era uma grande fã de Ariana Grande, tendo publicado pouco antes do concerto de Manchester uma fotografia antiga onde aparece abraçada ao seu ídolo.

Era também fã da série ‘Once Upon a Time’ (‘Era Uma Vez’), como fez questão de frisar uma das protagonistas, a atriz Lana Parrilla.

Saffie Rose, oito anos
Talvez a vítima que deixou o mundo ainda mais emocionado, já que era apenas uma criança. Residente em Lancashire, estava no concerto de Ariana Grande com a mãe, Lisa Roussos, e a irmã, Ashlee Bromwich, quando foi apanhada no meio do atentado. A mãe e a irmã sobreviveram e estão a ser tratadas em hospitais diferentes. Saffie morreu.

“Saffie era uma menina linda em cada sentido da palavra. Era adorada por todos, era de uma generosidade que vai ser lembrada para sempre”, recordou Chris Upton, diretor da Escola Primária de Tarleton Community, onde a criança de oito anos estudava.

A notícia da sua morte foi um “choque tremendo” para os professores e colegas, a quem vai ser disponibilizado apoio psicológico. “A ideia de que toda a gente pode ir a um concerto e não regressar a casa é de partir o coração”, lamentou.

John Atkinson, 26 anos
O terceiro nome a ser avançado pela imprensa como uma vítima mortal confirmada. John Atkinson, de Radcliffe, estaria a sair do concerto quando foi atingido. Nas homenagens das redes sociais, prestadas por familiares e amigos, está a ser relembrado como um “homem extraordinário”.

Angelika Klis, 40 anos, e Marcin Klis, 42 anos
O governo da Polónia confirmou a identidade de dois cidadãos polacos mortos no ataque de segunda-feira. A filha de Angelika Klis e Marcin Klis, agora órfã, lançou o alerta do desaparecimento dos pais nas redes sociais.

Kelly Brewster, 32 anos
A família de Kelly, de Sheffield, confirmou a sua morte. Segundo relatos da imprensa britânica, o corpo da vítima protegeu a sobrinha de ser atingida pelo explosivo. Kelly Brewster deixa uma filha.

Olivia Campbell, 15 anos
A mãe de Olivia partilhou, esta terça-feira, no Facebook, uma mensagem em que dava conta da morte da filha. No mesmo dia, Charlotte Campbell já tinha deixado em lágrimas os pivôs de um canal de televisão que a entrevistou.

Alison Howe, 45 anos, e Lisa Lees, 47 anos
Alison e Lisa, mães de duas jovens que assistiram ao concerto de Ariana Grande, esperavam as filhas – que não chegaram a ver – à porta da Manchester Arena quando a bomba artesanal explodiu. As vítimas foram dadas como desaparecidas, mas as famílias informaram, esta terça-feira à noite, que acabaram por morrer. As filhas encontram-se bem de saúde.

Martyn Hett, 29 anos
O jovem foi a décima vítima mortal a ser identificada e confirmada. Os amigos souberam que Martyn estava entre os mortos na noite de terça-feira.

O amigo Russell Hayward escreveu no Twitter: “O nosso maravilhoso, icónico e bonito Martyn não sobreviveu. Ele deixou este mundo exatamente como ele viveu, centro da atenção … Amo-te Martyn. Sempre amarei.”

A polícia britânica identificou o autor do atentado como Salman Abedi, de 22 anos, nascido em Manchester, de origem líbia. O atacante terá viajado de comboio de Londres para Manchester e já estava referenciado pelas autoridades.

O governo francês avançou que o bombista, morto no ataque, ter-se-á radicalizado depois de uma viagem à Síria.

Salman Abedi, bombista do atentado de Manchester

A cantora Ariana Grande já regressou a casa, nos EUA, depois deste atentado que a deixou “histérica” e muito abalada e que fez com que suspendesse outros concertos da digressão europeia de ‘Dangerous Woman’. No entanto não há nada que indique o cancelamento do concerto que irá dar em Lisboa, a 11 de junho, no MEO Arena.

O Reino Unido subiu o nível de alerta de terrorismo para “crítico”, o que indica que podem estar na iminência novos ataques. Um cúmplice do bombista foi detido pela polícia na terça-feira, mas a Primeira-Ministra Theresa May disse que há indícios de que se trata de uma rede organizada, pelo que é expectável que surjam novas detenções.