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Super Dragões reagem à música que refere a tragédia da Chapecoense: “Não se vai repetir”

A principal claque do FC Porto reagiu há minutos, nesta quinta-feira (13), às críticas que lhe têm sido dirigidas devido a uma canção entoada pelos seus membros, num jogo de andebol, frente ao Benfica. Os Super Dragões, promete a direção do grupo, não repetirão o tema que tanta polémica tem causado. Leia agora, na íntegra, o comunicado partilhado nas redes sociais:

“Na sequência do jogo de andebol de ontem à noite FC Porto-slb, vem a direção da claque esclarecer os seguintes pontos:

1 – Todos os elementos deste grupo, conforme provam diferentes artigos publicados nas redes sociais, estiveram e estão solidários com a tragédia ocorrida com a equipa brasileira da Chapecoense.
2 – A letra da música entoada no dia de ontem no referido jogo, não é mais do que uma sátira sem quaisquer consequências reais.
3 – Ainda assim, e por percebermos que a mesma foi interpretada como ofensiva, quer a direção esclarecer que tal não se vai repetir.
4 – Já por diversas ocasiões demos mostras de respeito pelos adversários e vidas humanas, como é exemplo um conjunto de vídeos que existem onde o nosso líder exige respeito pelo minuto de silêncio em memória de Eusébio aquando do slb-FC Porto que ocorreu após o seu falecimento.
5 – O espírito do grupo é o de apoio inequívoco ao clube.

Por fim, apelamos à união de todos os portistas e que não se distraiam com manobras de diversão que apenas pretendem desviar o foco do nosso principal objetivo. Os Super Dragões e todos os seus elementos apenas pretendem contribuir de forma decisiva para o sucesso desportivo do clube que tanto amamos.

Nem Santos, Nem Criminosos!
Apenas apaixonados pelo Porto
A direção”.

É certo que a rivalidade entre adeptos do FC Porto e do Benfica é antiga, mas na noite desta quarta-feira (12) ganhou enormes proporções. Durante um jogo de andebol entre os dois clubes rivais, a principal claque dos azuis e brancos feriu o mundo do desporto com um cântico que evoca a recente tragédia da Chapecoense.

“Quem me dera que o avião da Chapecoense fosse do Benfica”, cantou a principal claque do FC Porto durante largos minutos, até os dragões, que viriam a vencer o jogo, passarem para a frente do marcador. Um vídeo com aquela música foi logo partilhado nas redes sociais, causando um grande alvoroço e gerando ondas de indignação.

As páginas nas redes sociais dos Super Dragões e do seu líder, Fernando Madureira, logo se tornaram num campo de batalha, com ataques vindos dos rivais e pedidos dos adeptos portistas para que aquele cântico não se repita. Ainda antes de tudo isso, o clube portuense, através do Twitter, reagiu com convicção ao sucedido: “O FC Porto demarca-se de todos os cânticos ofensivos e apela que o apoio se mantenha dentro dos limites do bom senso”.

Já esta quinta-feira, pela manhã, o Benfica emitiu um comunicado a aplaudir o clube portuense pela sua reação à música da claque. “O Sport Lisboa e Benfica registou e manifesta satisfação por ter verificado a forma célere como a instituição Futebol Clube do Porto se demarcou do muito grave e lamentável cântico que ontem se ouviu. Que este triste episódio, que a todos nos envergonha e que estamos certos em que ninguém se pode rever, sirva para todos refletirmos sobre as nossas responsabilidades e contribuirmos para parar este clima de tensão. O desporto e o futebol congrega a paixão de todos os praticantes e adeptos pela alegria e sã competição e rivalidade entre clubes que promove. E são estes os valores que estamos certos todos comungam.”

Agora foi a vez dos Super Dragões defenderem-se das acusações, mas o episódio já atravessou fronteiras e está a ser alvo de duras críticas um pouco por todo o mundo, especialmente no Brasil, o país mais afetado pela tragédia que se abateu, em novembro passado, sobre a Chapecoense e que foi agora evocado pelos Super Dragões.