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Alpinista Ueli Steck morre em acidente perto do Evereste

Ueli Steck, de 40 anos, morreu este domingo, 30 de abril, num acidente de alpinismo perto do Monte Evereste, no Nepal, informaram os organizadores da expedição.

O alpinista suíço morreu no campo 1 do Monte Nuptse. O corpo foi recuperado do local e levado para Lukla, onde se encontra o único aeroporto da região do Monte Evereste.

Segundo os organizadores da expedição, não está ainda esclarecido como Ueli Steck morreu, mas sabe-se que planeava escalar 8850 metros (29 035 pés) do Monte Evereste, seguindo-se no próximo mês o Monte Lhotse.

Steck torna-se a primeira vítima mortal da temporada de primavera no Nepal, que começou em março e terminará em maio.

Em 2013, Ueli Steck alcançou a primeira escalada individual do lado sul do Anapurna, no Nepal, depois de ter quase perdido a vida numa queda na mesa zona em 2007. Por este feito recebeu o prémio que é considerado o óscar do montanhismo – o “Piolet d’Or”.

Em 2015, Steck decidiu escalar todos os 82 picos acima dos 4 mil metros nos Alpes, viajando entre montanhas apenas a pé, de bicicleta e parapente. Completou esta missão em 62 dias, o que ajudou a consolidar a sua reputação como ‘Máquina Suíça’.

Numa entrevista no mês passado à publicação suíça Tages-Anzeiger, Ueli Steck considerou-se como um ‘outsider’ no montanhismo, porque as conquistas atléticas eram para ele mais relevantes do que a aventura.

Questionado então sobre a próxima expedição ao Evereste e ao Lhotse, afirmou: “No Evereste posso parar em qualquer ponto. O risco é, portanto, bastante pequeno. Para mim é principalmente um projeto físico”.

“Quero escalar o Evereste e o Lhotse. Mas é uma meta muito alta. Falhar seria para mim morrer e não voltar para casa”, afirmou na mesma entrevista a propósito da expedição onde acabou hoje por perder a vida.