Cultura

Palácio de Mafra acolhe exposição sobre ‘Memorial do Convento’ de Saramago

O Palácio Nacional de Mafra abriu, este domingo, 26 de março, as portas ao público para dar a conhecer a exposição ‘Memorial do Convento – Era uma vez um rei devoto, um padre que queria voar, e uma mulher com poderes’. A entrada é livre e o evento só termina a 31 de maio.

O tema da exposição vem do aclamado romance de José Saramago, vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 1998, e tem como principais personagens Blimunda Sete-Luas e Baltasar Sete-Sóis.

Os visitantes irão poder conhecer um espólio inédito, que inclui diversos documentos como fichas de leitura de livros consultados pelo autor na Biblioteca Nacional, fotografias, anotações dactilografadas e manuscritas, exemplares das diversas edições portuguesas e estrangeiras da obra, bem como de um conjunto de sete quadros, de autoria do pintor José Santa-Bárbara, relacionadas com o enredo do romance.

Para os curadores Filomena Oliveira e Miguel Real, ‘Memorial do Convento’ “terá sido um dos romances mais importantes publicados em Portugal no último quartel do século XX”, onde José Saramago “libertou o romance de espartilhos clássicos, abrindo-o a uma liberdade criativa, daí em diante seguida por inúmeros autores”.

Ao longo deste ano de 2017 serão realizadas mais iniciativas para comemorar os 300 anos da colocação da primeira pedra para a construção do Palácio de Mafra, e também os 35 anos da publicação de ‘Memorial do Convento’. A exposição, que foi organizada pela Câmara Municipal de Mafra em parceria com a Fundação José Saramago, tem curadoria de Filomena Oliveira e Miguel Real e projeto expositivo da Silvadesigners.

As comemorações, organizadas pela Direção-Geral do Património Cultural/Palácio Nacional de Mafra, Câmara Municipal de Mafra, Escola das Armas, Paróquia de Mafra e Tapada Nacional de Mafra, irão incluir conferências, visitas à Tapada Nacional, lançamento de livros, concertos a seis órgãos, encenação de uma peça de teatro baseada no ‘Memorial do Convento’, visitas subterrâneas a locais vedados ao público, exposições e espetáculos de ‘videomapping’ com fogo-de-artifício.