Lúcia Vaz Pedro

«MOTIVAR PARA A ESCRITA ATRAVÉS DA CRIATIVIDADE»

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Sempre gostei de escrever, mas nem sempre o fiz com correção. Em criança, costumava escrever histórias, inventava-as, criando um mundo imaginário em que as personagens faziam parte da minha vida.

Já nem sei se foi a criatividade que impulsionou a minha escrita ou se foi a escrita que despertou a minha criatividade. Certo é que as duas se uniram e me fizeram gostar tanto de escrever.

Tenho plena consciência de que quanto melhor se escreve, dominando as diferentes competências, mais se gosta de escrever, pois as dificuldades funcionam, muitas vezes, como entrave. Por isso, foram tão importantes os meus professores de português, que sempre me ajudaram a melhorar os meus textos.

A minha tia materna, a única que tenho da parte da minha mãe, também contribuiu para este meu gosto pela escrita. Quando chegava da aldeia, gostava de se sentar na cozinha enquanto eu lhe lia o que tinha escrito durante a sua ausência.

Ora, há quem diga que a criatividade nasce connosco, mas também se pode criar condições para que ela floresça.

Assim, devemos acreditar que somos criativos e observar o mundo discretamente, mas com atenção. Devemos mergulhar nas histórias dos outros para as sentir, sejam elas em livro, em filme, em música, na pintura, na dança e não sentir vergonha de ter um olhar diferente sobre as coisas.

Desenvolve-se a criatividade quando nos comovemos, divertimos ou nos arrepiamos com as linhas que aparecem à nossa frente. É igualmente importante conseguir ouvir as críticas, sabendo que elas são sempre uma visão do texto, não a única.

Quando se criam personagens, devemos conhecê-las tão bem, que façam parte da nossa vida. Por último, quando se gosta de escrever, deve-se escrever, escrever em qualquer sítio, a qualquer hora, no papel ou na mente e sem limites.

Lúcia Vaz Pedro