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Halima Aden: de um campo de refugiados para as passerelles internacionais

Halima Aden é um nome a fixar no panorama da moda internacional. Com apenas 19 anos, a jovem está a revolucionar padrões tradicionais desta indústria, sendo vista como uma grande promessa e, eventualmente, também como futuro ícone.

Na Semana da Moda de Milão, estreou-se nas passerelles europeias, no desfile de Ferretti, simbolizando a queda de fronteiras mentais e culturais.

Mas quem é Halima? Desde a sua participação no concurso “Miss Minnesota”, em novembro do ano passado, que soma várias conquistas.

A modelo nasceu num campo de refugiados no Quénia, tendo emigrado para os Estados Unidos com apenas seis anos de idade. A realidade que viveu na infância faz com que tenha o sonho de se tornar embaixadora da ONU. Mas na moda, traça também objetivos bem definidos. Pretende ser um exemplo de diversidade, tolerância e ser ainda capaz de mudar muitas opiniões negativas em relação a mulheres muçulmanas.

Usando sempre um hijab– que lhe cobre o cabelo- Halima nunca dispensa esse acessório, que faz parte da sua identidade e cultura. Foi também a primeira modelo a desfilar em burquíni. Assumindo-se como sendo ela própria, dentro e fora da passerelle, conta também com um outro elemento que lhe dá um toque muito pessoal: um aparelho ortodôntico.

A modelo foi considerada pelo antigo editor-chefe da Vogue Paris como um próximo ícone internacional. A sua beleza e identidade têm sido reconhecidas cada vez mais pelas grandes personalidades do mundo da moda. Chegou a Milão no final do mês de fevereiro, mas promete conquistar a Europa e o resto do mundo.