Cultura

Darko escreve um novo capítulo na música inspirado no amor

Dedicada ao falecido pai que faria 57 anos no passado dia 17, o músico regressa à música com o avanço daquele que será o seu primeiro álbum integralmente feito em português, “Off”.

“Março” é o single de apresentação do terceiro disco de Darko com letra do escritor vimaranense Pedro Chagas Freitas e integra uma viagem ao interior de todos os meses do ano, num desafio à introspeção. Com uma sonoridade cinematográfica e o tom confessional a que o artista já nos habituou, o tema é o início do folhear de um diário que canta sentimentos.

O vídeo dá continuidade à história de “Não me digas”, no primeiro capitulo de uma ode ao amor e aos desencontros. O trabalho foi gravado por Chiara Missagia para a Ampersand, com caracterização da Manobras D’Arte por Sérgio Alxeredo, contando ainda com a participação de Olivia Ortiz.

Consciente do peso da imagem, Darko, apostou num guarda-roupa assinado por criadores nacionais a quem há muito está ligado: Júlio Torcato e Pedro Neto.

O músico promete que, a acompanhar o disco, irá sair um livro onde fala de amor, desamor e rejeição.

No currículo, Darko, nome artístico do cantor Zé Manel, que se revelou na banda Fingertips da qual foi vocalista, conta com temas como Para Nunca Mais e Until The Morning Comes (ambos do Borderline Personality Disorder, 2011) e Não Me Digas (Overexpression, 2016).

Veja a letra do tema que está a dar que falar:

Março
Dizes-me que a queda é uma espécie de subida,
tocar na lágrima para resistir à ferida.
Digo-te que nunca o amor caiu
e que jamais um herói disse que fugiu.

Em Março fizemos uma vida inteira
Fomos lençóis
Fomos insónia
O começo e o fim de uma fogueira

Dizes-me que a solidão é uma espécie de sorte,
o ensaio possível para a grande morte.
Digo-te que o mundo é feito de ti
e que nem penses que partes sem saberes que parti.
Em Março fizemos uma vida inteira
Fomos lençóis
Fomos insónia
O começo e o fim de uma fogueira

Dizes-me que a distância é uma espécie de ilusão,
tapar com a estrada a falta de razão.

(letra de Pedro Chagas Freitas)