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Espia que quase matou Fidel regressa a Cuba para encontrar o filho de ambos

A morte de Fidel Castro causou um enorme borburinho em todo o mundo. Por admiração ou não, foram milhares as pessoas que saíram às ruas quer para enaltecer o caráter revolucionário do antigo presidente cubano, quer para celebrar o fim de uma “ditadura mascarada”.

Quando há uma semana soube da notícia, Marita Lorenz – a espia alemã da CIA que teve como ordem tirar a vida a Fidel mas que se enamorou por ele – caiu num pranto. “Está devastada e em choque”, confirmou Mark, um dos filhos da senhora, à imprensa internacional.

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Apesar de não ter qualquer contacto com  ‘El Comandante’ há mais de três décadas, aquele que foi o seu grande amor continuava muito “presente” na sua memória. Por isso, e uma vez que não se pôde despedir em vida de Fidel, Marita planeia regressar a Cuba para prestar a última homenagem ao homem da sua vida, e embora o convite para voltar à ilha tenha partido de um dos produtores do filme que levará ao grande ecrã a história de amor dos dois – depois da mesma ter sido transformada na biografia ‘Eu fui a espia que amou o comandante’ -, a mulher só o fará depois das cerimónias fúnebres, que têm lugar este domingo.

Marita, de 75 anos, confirmou à Vanitatis as suas reais intenções nesta viagem: “Sempre quis vê-lo de novo e cheguei mesmo a tentar [durante vários anos a amante de Fidel enviou cartas ao amado através da embaixada cubana em Nova Iorque mas nunca obteve resposta], mas não foi possível. Irei assim que me for permitido para lhe prestar homenagem e procurar o meu filho”.

Andrés Vázquez, é o rapaz de quem a antiga espia da CIA fala. O filho que nasceu da relação entre os dois ficou em Cuba com o pai e pouco se sabe sobre ele. A última vez que “a alemanita” (como o líder da revolução a tratava) viu o seu primogénito foi em 1981 quando, numa visita a Cuba, o próprio Fidel “chamou um jovem alto e de cabelo preto, estudante de medicina” e lho apresentou. Desde então, não teve mais notícias do rapaz, fruto do seu amor com o comandante que sempre afirmou que Andrés era “um filho de Cuba”.

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