Saúde & bem-estar

Cura da cegueira pode estar próxima

E vem da Rússia. Os cientistas do Centro de Análises Clínicas de Medicina Físico-Química (CAC MFQ) russo afirmam ter cultivado retinas, com sucesso, através da reprogramação de células.

E até já há data para o primeiro transplante de testes: 2017.

De acordo com um estudo publicado no jornal russo Izvestia, os cientistas planeiam, com a ajuda de novas tecnologias, realizar posteriormente estudos também no uso de células reprogramadas no tratamento da doença de Parkinson.

A reprogramação de células aqui em causa é um fenómeno bastante recente na ciência.

O professor Signa Yamanaka, investigador da Universidade de Quioto e prémio Nobel em 2012, descobriu a capacidade única de células humanas de determinados tecidos, como a pele, de mudar a sua estrutura para o estado embrionário.

As células-estaminais podem também dar origem a quase todo o tipo de tecido.

O facto de ser possível criar uma retina a partir dos fibroblastos da pele permitirá tratar, em primeiro lugar, pacientes que estão a perder a visão devido a degeneração macular genética, doença que causa a cegueira em pessoas com mais de 55 anos.

O tecido mais fácil de usar na reprogramação de células é a pele, porque a realização da biópsia não causa danos graves ao paciente e as células multiplicam-se significativamente.

Mesmo havendo alguns tratamentos que retardam o progresso da cegueira, os pacientes com degeneração macular genética começam a cegar entre 20 e 30 anos, não havendo, até agora, tratamento eficaz contra ela.

Segundo o chefe do Laboratório de Tecnologias Biomédicas do CAC MFQ, Sergei Kiselev, testes clínicos de transplante de retina estão a ser realizados atualmente nos EUA e na Europa.

Foram também realizados no Japão, antes de serem temporariamente suspensos devido a mudanças na legislação, mas o país pretende continuar com o desenvolvimento da técnica em 2017.

Mesmo havendo tratamentos que retardam o progresso da cegueira, os pacientes com degeneração macular genética começam a cegar entre os 20 e 30 anos, pois não há, até agora, um tratamento definitivo contra a cegueira.