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Sting canta “Inch’Allah” para sobreviventes do Bataclan, um ano depois dos atentados

Reabriu na noite de 12 de novembro, quase um ano depois dos atentados em Paris, com um concerto do ex-vocalista dos Police.

Sting interpretou várias músicas suas, pediu um minuto de silêncio pelos 89 mortos no Bataclan e ainda cantou “Inch’Allah” (expressão árabe para ‘Se Deus Quiser’ ou ‘Se Alá Quiser’).

Esse momento foi referido por um jornalista francês de BuzzFeed France, que estava no interior da sala de espetáculos a assistir ao concerto.

“Sting canta “Inshallah”, “é uma palavra bonita.” Aplausos na sala. #Bataclan”, descreveu Paul Aveline no Twitter nesse preciso momento.

Um momento simbólico já que os atiradores gritaram “Allah akba” (Deus é Grande) quando entraram na sala, no ano passado, durante o concerto dos Eagles of Death Metal, e antes de dispararem indiscriminadamente pela multidão ali presente.

Dos 130 mortos no total de ataques terroristas na capital francesa nesse dia, 89 estavam no Bataclan.

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Sting falou em francês para pedir um minuto de silêncio pelas vítimas. Sendo que na assistência estavam muitos dos sobreviventes dessa noite.

“Ao reabrir o Bataclan, temos duas tarefas importantes para conciliar. Primeiro, lembrar e honrar aqueles que perderam suas vidas no ataque há um ano, e segundo para comemorar a vida e a música que este teatro histórico representa. Ao fazê-lo, esperamos respeitar a memória, bem como o espírito de afirmação da vida daqueles que caíram. Não os esqueceremos”, já tinha afirmado Sting na sua página de Instagram.

Durante uma hora e meia o cantor percorreu clássicos como ‘Englishman in New York’ e ‘Roxanne’, música com que encerrou o espetáculo por ter sido escrita por si em Paris.

Dois elementos dos Eagles of Death Metal foram impedidos de entrar no Bataclan para assistir ao concerto, devido às declarações polémicas do seu vocalista Jesse Hughes, que insinuou que os empregados muçulmanos da sala mítica estavam envolvidos no atentado.

Enquanto decorrem hoje, 13 de novembro, cerimónias de memória aos mortos destes atentados perpretados por elementos do auto-proclamado Estado Islâmico, o Bataclan estará fechado “em homenagem às vítimas”.

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