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15 anos depois do 11 de setembro: Novas culpas e ameaças

A data 11 de setembro de 2001 ficará gravada na memória de muitos que viveram aquele momento, direta ou indiretamente. Hoje cumprem-se 15 anos desde que ocorreram os atentados contra os Estados Unidos da América, nomeadamente nas Torres Gémeas (Worl Trade Center) e no Pentágono, em Nova Iorque e Washington, respetivamente.

Se os edifícios já foram novamente erguidos, o mesmo não se pode dizer das pessoas. Mais de uma década depois, ainda há quem assuma as culpas e quem faça novas ameaças aos EUA.

A líder da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos, por exemplo, veio admitir que errou. Christine Todd Whitman afirmou que o ar na baixa de Manhattan era seguro e respirável, apenas uma semana depois dos atentados.

O que se viria a revelar um erro, uma vez que tal não foi verdade. Vários relatórios tornados agora públicos concluíram que respirar o ar de Nova Iorque após os ataques foi mais tóxico do que o que se pensara. Muitas pessoas passaram também a sofrer de asma e transtornos de stress.

Ainda que não intencionalmente, a responsável veio agora dizer que enganou as pessoas, podendo ter tido influência na saúde de centenas de pessoas, mas que tal lhe tinha sido transmitido pelos cientistas do governo.

“Sempre que erramos devemos admiti-lo e as pessoas devem ser ajudadas. Sinto muito pelas pessoas que estão doentes. Sinto muito pelas pessoas que estão a morrer e, se eu ou a EPA tivemos culpa, peço desculpa. Fizemos o melhor que podíamos na altura, com os conhecimentos que tínhamos”, disse em entrevista ao The Guardian, na sexta-feira.

Novas ameaças da Al-Qaeda

A data não será esquecida tão cedo pela rede terrorista Al-Qaeda, responsável por instruir os 19 homens que sequestraram quatro aviões comerciais e os levaram a colidir contra as duas torres do Worl Trade Center, o Pentágono e uma zona rural na Pensilvânia – depois dos passageiros tentarem recuperar o controlo do avião.

O chefe da Al-Qaeda Ayman al-Zawahiri ameaçou os Estados Unidos de repetir “milhares de vezes” os ataques do 11 de setembro, num vídeo difundido por ocasião do 15º aniversário.

Os atentados naquele dia são “o resultado dos vossos crimes contra nós”, afirmou o islamista radical egípcio.

“Guerra ao Terror”

Depois da morte de 2977 pessoas no ataque apelidado imediatamente de “terrorista”, George W. Bush, então presidente do país, decretou o início da “Guerra ao Terror”. Seguiu-se a invasão do Afeganistão em outubro de 2001, e do Iraque, em 2002.

Muitos mais mortos e destruição se seguiu. A antiga cratera gigante que ficou depois da implosão das Torres Gémeas continua a dominar a vida de muitos.