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Fátima Lopes alerta para a importância da identificação através do ADN

A Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas (APCD) lançou esta quarta-feira (25), no Comando Geral da Guarda Nacional República, em Lisboa, um kit que permite armazenar o ADN durante 20 anos.

Uma ferramenta que vai ajudar na investigação de um desaparecimento, crime ou catástrofe ou simplesmente ser útil para prevenção.

Fátima Lopes, embaixadora da associação, esteve na apresentação de “O Meu ADN”, que vai estar à venda a partir do dia 1 de junho em várias lojas de uma rede de supermercados, com o preço de 24,90 euros, e explicou que esta é uma temática que sempre a preocupou, principalmente desde que foi mãe, e alertou para a importância da prevenção. “Acreditamos sempre que só acontece aos outros mas a verdade é que, todos os dias, continuam a desaparecer crianças. Não podendo muitas vezes evitar – embora também nesse campo as forças de segurança estejam cada vez mais ativas – é importante prevenir”, começou por salientar a apresentadora.

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“Não faço isto para que as pessoas digam ‘ai que ela é tão sensível'”

Sensibilizada “desde sempre” pelo caso de Rui Pedro – o rapaz que desapareceu há 18 anos de Lousada – a apresentadora de “A Tarde é Sua”, da TVI, procurou conhecer melhor a associação que, em Portugal, abraça este tipo de situações.

Há cerca de três anos, quando conheceu “o trabalho da associação presidida por Patrícia Cipriano”, foi Fátima Lopes, em nome próprio que se ofereceu para ser embaixadora: “não houve um convite. Achei que era uma causa que merecia ter visibilidade”.

Desde então, tem dado a cara pelo drama das crianças desaparecidas. Mas não só.

“Atenta à realidade social”, a apresentadora abraça projetos que lhe fazem sentido, não para “levar palmadinhas nas costas” mas porque é também uma forma de dar o seu contributo enquanto cidadã, uma forma de estar que pretende passar aos seus rebentos: “Espero passar para os meus filhos [Beatriz, de 16 anos, e Filipe, de sete] este lado humanitário e solidário. Não faço isto para que as pessoas digam ‘ai que ela é tão sensível’, porque a maior parte das coisas que faço em termos solidários nunca ninguém as sabe. Faço-as porque quero. E conto-as aos meus filhos e explico-lhes porque é que devemos ser solidários”.

Atualmente, para além de embaixadora da APCD, também intervém junto da Associação de Pais e Amigos de Deficientes Mentais Adultos – que aborda uma realidade “para a qual ninguém quer olhar” – e, durante anos, esteve ligada à promoção e divulgação de ações contra o cancro da mama.

Ciente do seu estatuto de figura pública, Fátima garante que embora nem sempre seja fácil controlar as emoções, tem obrigação de “segurar o leme” e, por isso, essa é uma questão em que tem trabalhado ao longo da sua carreira. “É verdade que me emociono com facilidade mas também é verdade que dentro ou fora do ecrã sou eu que estou ali, não é uma personagem e por isso, com a noção que estou ali também para apoiar a outra pessoa, dou-me o direito de me emocionar ou não”, conclui.