Bem haja a quem tem coragem, em todos os momentos, de celebrar as suas virtudes sem receios, desprendidamente, ainda que esperando igual forma de afeto, como aliás deve ser.
Encontrar um caminho e segui-lo não é para muitos e mais fácil é ser cobarde, de intrigas e de falatório. A vida é, infelizmente, cada vez mais feita de posicionamentos estratégicos. Manobras de bastidores, preferencialmente imperceptíveis a terceiros, porque ocultas e dissimuladas, são convenientes por várias razões.
Pela calada, pode-se encomendar uma alma ao diabo e outra a Deus e assim, sem ninguém saber, o interlocutor pensa que tem ali uns grandes e devotos seres humanos que nunca se comprometem. Dar a cara não é para todos. Arriscaria que é para poucos. Ainda mais quando se cai em desgraça e quando tudo, ou quase tudo, corre mal.
Mas, lá está, pela surdina e em off, até se vai dando moral ainda que assim não se pense, que isto da bolsa de valores humanos é um sobe e desce, um corrupio. Nada de facilitar pois nunca se sabe o dia amanhã e as voltas que a vida dá. Pode ser preciso lembrar que “eu estive lá” mesmo não ter estado…
Jogar em vários tabuleiros e usar uns pombos-correio para fazer o que não se tem coragem e integridade para realizar, é o que está a dar. Afirmar convicções, independentemente dos possíveis e legítimos interesses privados, é mais complicado. São estratégias de quem já nasce ensinado.
E, no fim do dia, somos nós que temos de carregar o peso do nosso corpo somado ao da nossa mente e consciência…
Vou ali tirar um apontamento… Até terça!
