Saúde & bem-estar

Doenças cerebrovasculares matam 30 pessoas por dia em Portugal

Mais de 30 pessoas morreram por dia em 2013 na sequência de doenças cerebrovasculares. Um número que ainda assim tem vindo a diminuir, mas que continua a manter Portugal acima da média europeia, de acordo com o relatório “Portugal – Doenças Cérebro-Cardiovasculares em Números 2015”, da Direção-geral da Saúde.

Os dados mais recentes da mortalidade por doenças cerebrovasculares, relativos então a 2013, revelam que morreram 11.751 pessoas, 1.773 das quais por Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico e 6.099 por AVC isquémico.

Ainda assim, estes números traduzem uma diminuição de 1.269 mortes comparativamente a 2012, ano em se registou 13.020 casos.

O relatório indica que em 2013 a taxa de mortalidade padronizada por doenças cerebrovasculares era de 54,6 por 100 mil habitantes, enquanto em 2012 era de 61,4 por 100 mil habitantes.

Em 2014, só o acidente vascular cerebral isquémico representou cerca de 20 mil episódios (quase 55 por dia) e 250 mil dias de internamento.

Apesar do “decréscimo progressivo e notório das doenças do aparelho circulatório (cérebro-cardiovasculares) como causas de morte na população portuguesa”, estas continuam a manter posição de destaque.

“Pela primeira vez em Portugal, o peso relativo das doenças do aparelho circulatório situou-se abaixo dos 30%”, mas estas continuam a manter-se “no topo das causas de morte”.

“Dentro das doenças do aparelho circulatório, a taxa de mortalidade por doenças cerebrovasculares é continuadamente superior à das doenças isquémicas do coração”, refere o relatório.

Comparando com outros países europeus, a mortalidade por doença isquémica cardíaca situa-se abaixo da média europeia, enquanto a mortalidade por doença cerebrovascular ocupa posição inversa, o que leva os autores do estudo a defender e recomendar “um novo impulso no tratamento do AVC”.