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Carlos Castro e Renato Seabra: Uma história escrita a sangue há 5 anos

A 8 de janeiro de 2011, Portugal acordou sobressaltado com a notícia de que o cronista Carlos Castro tinha sido encontrado morto num quarto de hotel em Nova Iorque. Não demorou a surgir um culpado para o homicídio cometido na véspera, Renato Seabra, apontado como namorado da vítima.

Nesse dia, a vida do jovem manequim e estudante de Cantanhede mudou. Conhecido por ter participado no programa da SIC “À procura de um sonho”, saltou para as primeiras páginas dos jornais e revistas do mundo inteiro por causa de um crime macabro, cujos contornos nem na ficção se imaginariam.

Depois de ter sido declarado culpado pelos jurados de um tribunal de Nova Iorque pelo homicídio em segundo grau de Carlos Castro, em dezembro de 2012, Renato foi condenado pelo Supremo Tribunal de Nova Iorque a uma pena mínima de 25 anos de prisão que pode ir até à perpétua, cumprida nos Estados Unidos.

Nesse dia, quebrou o silêncio e pediu perdão aos familiares do falecido cronista cujas cinzas foram, em parte, lançadas na Rua 44 e a Broadway, sob as luzes de Times Square, na “Big Aple”, e colocadas também num jazigo familiar no cemitério de Oeiras.

Sentença proferida, Seabra passou dois anos preso em Rikers Island, onde o ambiente é, segundo fontes conhecedoras, “da pesada”. A 1 de abril de 2013, foi transferido para o estabelecimento de segurança máxima Clinton Correctional Facility.

O ambiente não é fácil e o ex-modelo ocupa o tempo como sacristão e a trabalhar na fábrica de vestuário da prisão onde passará cerca de sete horas por dia, seis dias por semana. “Ele sofre bastante e está muito fraco, passando muito tempo internado no hospital”, relata quem acompanha o processo desde sempre.

Mesmo longe, em Portugal, a mãe, Odília Pereirinha, de 57 anos, nunca deixou de apoiar Renato Seabra, visitando-o, “sem falhar, de três em três meses” conta fonte próxima à Move Notícias. Numa tristeza sem fim, a enfermeira “agarrou-se a Deus e às duas netas e também passou muita fé ao filho que tem sempre uma bíblia perto dele”, acrescenta a mesma fonte.

Agora com 26 anos, o declarado homicida ficará preso, pelo menos, até 2036. A audiência em que poderá pedir condicional está marcada para setembro de 2035. Entretanto, Odília meteu novo recurso, mantendo esperança na extradição do filho mais novo.