Tozé Santos e Sá

Advogado

Bolo-rei e muitas favas

Meus amigos, andei desaparecido durante a quadra natalícia, pois a família reclamou atenções e escondeu a caneta dos apontamentos, mas andei atento às “favas” que a época nos brindou.

Houve aquelas que caíram na mesa da família que renegam o ano inteiro, mas que fica sempre bem para a fotografia da praxe para partilhar nas redes sociais numa época em que os afetos deveriam embrulhar sentimentos, mas o brilho da futilidade ofusca valores desejados sempre e não apenas em ocasiões pontuais.

Muitas favas, muita parra e pouca uva e ainda alguns brindes que isto, hoje em dia, vale tudo para ser notícia, até mudar de nome como se fossem capazes de governar o mundo com lições de moral… Sempre sobre vidas alheias, como se não tivessem telhados de vidro para quebrar.

Virou o ano, vieram os Reis, mas o festim contínua, até porque o Carnaval não tarda e há que não ser esquecido. Com fantasias fajutas ou máscaras venezianas, a pose será sempre a mesma, pois a vida parece rolar bem nas redes sociais onde todos são amigos mesmo sem se conhecerem.

E já que chamei o Entrudo, lembro o circo que vai na Segunda Circular onde, muito em breve, os Ferraris vão ter que andar em ponto morto entre árvores e limites de velocidade. Só falta saber se Jesus vai ter pedalada para segurar o bólide, até porque vitórias há muitas, mas são poucos os que as conseguem honrar.

Entre polémicas e especulações, vou aproveitar a publicitada melhoria do tempo para outros apontamentos… Até terça!