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Paulo Portas deixa liderança do CDS-PP

O antigo vice-primeiro-ministro anunciou que vai deixar a liderança do CDS-PP, durante a comissão política que se reuniu na segunda-feira.

A liderança de Paulo Portas no CDS-PP começou em 1998 no Congresso de Braga. Desde então, só esteve dois anos fora da direção centrista, o período entre 2005 e 2007, na presidência de José Ribeiro e Castro.

Durante a sua liderança, negociou três coligações com o PSD para governar o país.  Na primeira, em 2002, conseguiu três ministérios para o seu partido – Trabalho, Justiça e Defesa Nacional, pasta assumida pelo próprio líder centrista. Nas legislativas de 2009, alcançou 21 lugares no Parlamento e voltou a ver o seu partido crescer em 2011, quando elegeu 24 deputados. Foi com esta votação que se juntou pela segunda vez ao PSD para formar governo, assumindo ele próprio o lugar de ministro dos Negócios Estrangeiros. Além disso, o CDS-PP assumiu as pastas da Agricultura (Assunção Cristas) e da Segurança Social (Mota Soares).

No verão de 2013, Paulo Portas causaria a mais grave crise política do governo de Passos Coelho com a sua demissão “irrevogável”. No entanto, acabou por voltar atrás na sua decisão. Não só se manteve no governo como ganhou mais destaque, alcançando o cargo vice-primeiro-ministro. Também conseguiu mais um lugar para o CDS no governo – a pasta da Economia ficou nas mãos de Pires de Lima.

Nas últimas legislativas, Portas juntou-se a Passos ainda antes de irem a votos e a coligação PSD-CDS venceu as eleições. Porém, viram-se afastados do governo 11 dias depois.

O que está por saber é se o ainda líder centrista vai manter-se como deputado na Assembleia da República depois de deixar a liderança do partido.

Para já ainda não são conhecidos candidatos para suceder a Portas. No dia 7 de janeiro realiza-se o Conselho Nacional para decidir o futuro do CDS-PP.