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Líder dos Motörhead tinha cancro no cérebro e no pescoço

Lemmy Kilmister, vocalista e baixista da banda de heavy metal Motörhead, que morreu segunda-feira (28), tinha um cancro terminal no cérebro e no pescoço. O diagnóstico foi feito no último sábado (26), dois dias após ter celebrado o seu 70º aniversário. A informação foi divulgada pelo seu empresário, Todd Singerman, em entrevista ao canal de notícias Sky News.

Lemmy pediu para ir ao hospital no dia 13 de dezembro, por causa de um mal-estar. O músico teve alta após ter realizado exames para descobrir a causa de alguns problemas de fala que apresentava. Os médicos pensavam que Lemmy estaria a sofrer “um pequeno derrame”, mas uma tomografia encontrou uma forma “extremamente agressiva de cancro” no cérebro e no pescoço.

“O médico disse que ele tinha de dois a seis meses de vida”, contou o empresário à “Rolling Stone”. “Morreu enquanto eu ligava para Phil (Campbell, guitarrista da banda) e Mikkey (Dee, baterista), para que viessem dar-lhe o último adeus enquanto ainda estava otimista e tudo mais”, contou Todd Singerman. “Aquilo era a última coisa que pensávamos que ele teria. Ele esteve com todos os médicos e em todos os hospitais do mundo e ninguém encontrou (o cancro)”.

O empresário lembrou que Lemmy lidou tranquilamente com o resultado do diagnóstico. “Ele reagiu melhor do que todos nós. O seu único comentário foi: ‘Oh, apenas dois meses, hein?’ O médico disse-lhe: ‘Sim, Lem, eu não lhe quero mentir. É mau, e não há nada que alguém possa fazer. Estaria a mentir-lhe se dissesse que havia uma hipótese”.

Os planos de Lemmy eram de divulgar um comunicado para a imprensa depois de informar os amigos próximos e familiares. Foram contratados enfermeiros para cuidar dele na sua casa. Lemmy passou horas a jogar o videojogos e depois dormiu uma sesta, mas não acordou mais.

Lemmy Kilmister

Fim da banda
A morte do líder dos Motörhead também ditou o fim do grupo de heavy metal. “O Motörhead acabou, claro. Lemmy era o Motörhead, mas a banda vai continuar viva na memória de muita gente”, afirmou o baterista ao “Expressen”. “Não faremos mais turnés. E não haverá mais discos. Mas a marca sobrevive, em Lemmy que vive no coração de todos.”

Fotos: Facebook / Segismundo Trivero