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“Ícones do Desporto” levam Pinto da Costa ao teatro

Foi com Pinto da Costa e Rui Moreira na primeira fila, que Fernando Gomes e Rosa Mota subiram ao palco do grande auditório Manoel de Oliveira, no teatro Rivoli, na estreia da peça “Ícones do Desporto”, numa homenagem aos dois dos maiores símbolos do desporto nacional.

O espetáculo, que também pode ser visto este domingo às 16h00, é dividido em duas partes “O Nome da Rosa”, encenada por Pedro Penim, e “Bibota Douro”, de Miguel Loureiro (que recorreu aos arquivos do Museu do FC Porto para construir o texto).

Rosa Mota – Entrou em palco com o mesmo fato de treino que usou em 1982 em Atenas (Grécia) quando se sagrou campeã da Europa e saiu de cena a envergar o equipamento de 1988, ano em que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Seul (Coreia do Sul). A ex-atleta confessou que não disse de imediato que “sim” a este desafio, que lhe foi lançado por Paulo Cunha e Silva, vereador da cultura da câmara no Porto, que faleceu na passada terça-feira. “Não aceitei de imediato. Quando o doutor Paulo Cunha e Silva disse que eu ia para o palco eu disse: ‘Nem pensar’. Ele riu-se. Não sabia o que ia acontecer, quando comecei a contactar com a equipa, achei interessante e não me sinto mal naquilo que estou a fazer”, revelou a ex-atleta olímpica, acrescentando que esta peça é uma “homenagem” ao vereador, que foi o “pai” do projeto.

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Já Fernando Gomes confessou que “nunca” imaginou subir ao palco para contar a história da sua carreira. “A primeira pessoa que me ligou foi a Rosa Mota para me falar deste projeto. Depois conversei com as pessoas envolvidas, com o FC Porto, para ver a melhor forma como isto podia acontecer e concluímos todos que podia ser um momento divertido”, afirmou, acrescentando que a sua vocação foi o futebol, mas que procurou “dar o melhor” em palco. Visivelmente feliz com este tributo, a glória dos dragões fez questão de relembrar que não alcançou os seus feitos sozinho: “Sou o rosto de uma equipa do FC Porto, que na época ganhou tudo em Portugal, na Europa e no mundo. Sem os meus companheiros e sem a direcção, ninguém conseguiria todo aquele sucesso”.

A interação dos protagonistas com o público acaba por ser o dominador comum entre as duas partes do espetáculo. Se a Rosa Mota calhou correr entre a plateia de bandeira portuguesa em riste, a Fernando Gomes foi pedido que rematasse cinco bolas para a plateia.

“Esperamos que outros programadores gostem e até venham a querer o espetáculo”, referiu Pedro Penim, admitindo a “dificuldade” de fazer uma peça sobre “uma figura (Rosa Mota) que reúne o consenso nacional por ser incrível”.

Por sua vez, Miguel Loureiro falou em “grande desafio” e descreveu o texto como “um mapa sobre o desportista fantástico (Fernando Gomes) mas com o encanto e o glamour do palco”.

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Fotos: Move Notícias