Tozé Santos e Sá

Advogado

Agropecuária!

O TV Rural, um dos mais famosos programas de televisão de maior longevidade, já tem sucessor!

Não temos o apresentador carismático de então, mas, num país em que para se ser engenheiro não é preciso tirar curso e facilmente se arranjam tachos cativos, rapidamente surgiu uma engenheira que dá conta do recado como ninguém.

Volta-se a dar atenção ao futuro, que já foi o passado, de Portugal: a produção agrícola e animal. Recupera-se a linha da tradição portuguesa e alcança-se o bom serviço público de televisão.

Constata-se que não faltam trabalho-fóbicos, mendigos de esmolas mediáticas, profissionais de realitys, pedintes e preguiçosos, entre outras categorias de personagens, cuja grande vocação é campestre, e pelos vistos sempre esteve no convívio com a terra e com os animais amigos e semelhantes.

A ver pela disponibilidade, de quem se ofereceu para trabalhar em troca de adorar e querer trabalhar na área, pela diversão, convívio, experiência, sujeitando-se inclusive a interromper as suas carreiras fulgurantes e pujantes, perdendo dinheiro nos imensos projetos de sucesso coisa que apenas passa no imaginário dos próprios. Os ministros Cristas e Pires de Lima, só podem estar felizes.

E assim o futuro de Portugal está salvo. De uma fornada diminuíram as inscrições nos centros de emprego e terminaram as preocupações com a emigração. A malta gosta é do campo!

Um programa feito com animais tem, necessariamente, de ser e ter sucesso. Ainda assim, serão previsíveis as lutas territoriais, as disputas pelo seu macho/fêmea, as faltas de educação e violência. É consequência natural de ser um jardim zoológico sem jaulas individuais.

Medo tenha muito medo, quando ligar a tv por estes dias, não vá ver qualquer animal numa cena de nudez ou sexo! É que os animais não têm vergonha nem pudor, e gostam de se exibir.

Será sempre bom ver uma ordenha animal qualquer ou a agricultura de subsistência com produção para consumo do próprio, de algumas plantinhas raras.

Não tenhamos dúvidas de que em breve, as atividades agrárias e o meio rural serão compreendidos e amados pelo meio urbano no seu total esplendor. Bem como o amor pelos animais sendo-se fã, já não só de cães e gatos, mas também de vacas, porcos e galinhas.

Bora lá meu rico país fazer como esta gente: ajudar a economia ao mesmo tempo que se mata a fome.

Despeço-me com amizade até ao próximo programa. Vou ali tirar um apontamento… Até terça!