Tozé Santos e Sá

Advogado

Gatunagem!

Quando o exemplo que devia vir de quem se arroga detentor da moral e bons costumes é o pior, o que podem e devem fazer os comuns dos mortais, senão sobreviver e lutar para não serem comidos vivos?! Quando temos um estado que rouba e penhora indiferente ao cumprimento das normas e em nome de leis que não existem, ou que o próprio viola, só podemos desejar safarmo-nos, seja de que forma for.

Atingiram-se os limites da sobrevivência, e como o que nos foi ensinado de valores e regras, já poucos respeitam ou sabem que existem, temos que também desaprender. Ler, estudar, cozinhar, enfim, coisas positivas, já não importam. Não são esses os atributos que interessam.

A palavra amigo, é usada com vulgaridade, sem conceito. Ninguém quer esperar pelo tempo normal que a vida exige para a construção das coisas, pelo contrário. Eu quero tudo e já. Viver de imitação, se o outro tem eu também quero, e tenho direito, apenas porque sim. Não há respeito por si próprio e pelos outros, porque sabem lá eles o que é certo ou errado! Fazem fraca figura mas já nada ou pouco surpreende. Tem de se subir a qualquer custo. Não somos todos iguais é facto, mas as coisas estão como estão, e a tendência é piorar.

Por isso é preciso exibir-se e encostarem-se a alguém. Fazer as coisas por si já não vale nada. Não devia ser assim, mas é. Não devia servir de justificação o serem todos assim, porque o normal deveria não se ser assim, nem os exemplos, nem os resultados.

Venham os festivais de verão, o sol, a praia, as férias, o não fazer nada. Nada fazer já é garantia de não gozarem com quem trabalha! E se estes, que trabalham é que são penalizados, mais vale é não fazer nada. Venha a economia paralela que a honestidade e as virtudes para o estado, tem pouca importância. Só dão como prémio pagar mais e quase tudo o que se tem… Importa é viver de folclore e dar música. Cada um sabe de si e não se pode fazer nada.

Vou ali, festivalar e tirar um apontamento… Até terça!