Tiago Alves

Estudante universitário

Estado Islâmico: um perigo iminente?

Hoje em dia, o médio oriente vive um período de grande instabilidade e de mudança. Os regimes repressivos e desumanos são cada vez mais contestados por uma população descontente e influenciada pelo exemplo democrático ocidental. Contudo, os “ventos” de mudança e a crescente luta armada leva a crimes contra a humanidade e a perigos políticos.

Sem dúvida alguma, que a “primavera árabe” foi em certa parte uma lufada de ar fresco nesta área instável, a democracia é um direito que nos assiste a todos e os regimes autoritários há muito tempo que deviam ser extinguidos pelo mal causado às populações. Censura, presos políticos, isolamento, repressão e falta de liberdade, são palavras bem conhecidas pelos portugueses e por esta gente desesperada por uma mudança. Claro que minorias fundamentalistas ligadas ao Estado Islâmico e a outros grupos extremistas, criam um clima de medo, defendendo a criação de um estado islâmico sunita sob um regime radical. Num primeiro momento, o foco é controlar territórios na Síria e no Iraque, porém os representantes deste grupo admitem também a possibilidade de alastrarem estes ideais pelos países vizinhos. Ora aí reside o problema da democratização desta área, que tem o EI como grande opositor. Assim, o poderio financeiro e a crueldade deste grupo aterroriza todos aqueles que se opõe aos seus ideias, executando quem se recusa a converter ao islamismo sunita, lançando campanhas de medo aos xiitas e ocidentais e criando o caos.
Atualmente, o EI controla um vasto território entre o Iraque e a Síria, conseguindo alguma auto-suficiência através da cobrança de impostos e também através de assaltos a bancos, contrabando de petróleo e financiamento externo de algumas famílias do Golfo.

O clima de guerra civil vai cada vez mais subindo de tom e cabe à comunidade internacional apaziguar e zelar pelos interesses das populações locais. É inconcebível mais de 220 mil de sírios terem morrido e outros 3 milhões estarem refugiados em países vizinhos. Cabe à ONU intervir nestes casos de crimes de guerra e contra a humanidade, sendo necessária uma reação rápida e eficaz contra as forças extremistas e milícias leais ao presidente Assad. Vale tudo pela luta de poder e a vontade do povo não esta a ser ouvida, mas sim os interesses económicos. Repare-se que as eleições na Síria foram completamente fraudulentas e sem verdade…

Por todas estas razões, a denuncia das atrocidades vividas nestes países e a preocupação internacional sobre estas temáticas devem ser maiores. Como é possível, guerras entre diferentes concepções da mesma religião(!) interferirem na vida politica de um pais e levarem à morte de milhares de inocentes que apenas desejam uma vida melhor…afinal as religiões dividem e aterrorizam ou harmonizam e democratizam?