Gilda Mendes

Empresária e Gestora de Eventos

Portugueses pelo mundo

Há grandes portugueses pelo mundo!

600 anos depois da saída dos primeiros portugueses para uma expansão pelo mundo continuamos a marcar pontos por aí fora e muitos são os nossos que não sendo os “Cristianos Ronaldos” da vida, são grandes pessoas que marcam a diferença todos os dias.

Sempre tive a sensação, quando participava em conversas informais de amigos e conhecidos ou lia alguns comentários em diferentes meios, que alguns de nós (portugueses) eram portadores de um síndroma de “pequenhez” que se contagiava em larga escala.

Ora lá pelo nosso país ter um número de metros quadrados provavelmente menor do que grande parte dos restantes, se é para tirar medidas, temos uma área de responsabilidade marítima nacional quase 63 vezes maior do que a superfície do nosso território o que faz com que sejamos a 20ª maior zona económica exclusiva do mundo. Ai está. Temos muito espaço que ainda nem está explorado.

Grandeza não é quantidade, é qualidade… e isso não nos falta. Estou a falar de pessoas que marcam a diferença pelo que fazem, pela grande dedicação e empenho que depositam nos seus projectos, nas suas vidas e nos seus caminhos. Infelizmente (ou não), a maior parte das vezes por aí fora.

Voltava à nossa primeira saída, em 1415, que foi provavelmente o primeiro passo para ganharmos a tão afamada reputação de grandes descobridores. Sem explorar, eu, as histórias destes nossos exploradores (fica para uma próxima oportunidade) voava directamente para este mais recente, até novato, século que está repleto de novos grandes descobridores, de novos portugueses que estão a conquistar o mundo. Foi nesta última década que finalmente fiquei com a sensação que já não nos sentimos tão pequenos.

Há uma nova leva de portugueses, com grande destaque em palcos internacionais, que nos trouxeram algum antídoto para o tal síndroma que por aí corria. Antídoto cheio de orgulho, com pozinhos de vaidade e embalado em notoriedade. Acho que sempre o tivemos, mas o síndroma não o deixava brilhar. Agora vamos esperar que o contágio contrário nos traga a confiança necessária para nos mostrarmos cada vez mais e sem medo. Para sermos cada vez melhores e para quando se falar de Portugal, se falar cada vez mais das pessoas boas e essas boas histórias ajudarem a desviar as atenções das más… pode ser que o síndroma seja mais selectivo…

São tantos os ilustres desconhecidos, que têm vindo a ser reconhecidos, por estarem entre os melhores em tantas áreas diferente. Já são tantos, também, os que procuram nomes portugueses pelo reconhecimento da qualidade que já nos vai precedendo. Melhor que tudo já são tantos os portugueses que gostam de dizer em voz alta: Sou português. É disto que também precisamos. Confiança em nós.

Ah! Grandes portugueses que andam pelo mundo!