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Gary Glitter condenado a 16 anos de prisão por abuso sexual de menores

O cantor britânico, popular nos anos 70, foi condenado esta sexta-feira, dia 27, a 16 anos de prisão por seis delitos sexuais contra três raparigas menores.

Gary Glitter, de 70 anos, foi condenado por um crime de tentativa de violação, quatro crimes de agressão sexual e um crime de relações sexuais com uma menor, cometidos entre 1975 e 1980.

“O senhor provocou-lhes danos reais e duradouros e fê-lo apenas para obter uma gratificação sexual completamente inadequada”, afirmou o juiz Alistair McCreath, do tribunal londrino de Southwark.

Os crimes aconteceram quando Glitter estava no ponto mais alto da sua carreira e, segundo a acusação, escolheu raparigas que o admiravam. Durante o julgamento, o procurador John Price descreveu um dos incidentes em que o músico, embriagado, tentou forçar uma rapariga com menos de 10 anos a ter relações sexuais com ele.

A vítima apresentou queixa 20 anos depois do incidente, quando, em 1999, Glitter se deu como culpado da posse de mais de quatro mil imagens de pornografia infantil.

Após este escândalo, o artista viveu algum tempo no Cambodja, de onde foi expulso em 2002 por acusações de pedofilia. Em 2006 também foi condenado no Vietname por abuso sexual de duas meninas de seis anos. Depois de cumprir dois anos e nove meses de prisão, regressou ao Reino Unido.

Recorde-se que em 2012, Gary Glitter foi a primeira pessoa detida no âmbito da chamada “Operação Yewtree”, uma investigação policial a abusos de menores perpetrados ao longo de décadas pelo ex-apresentador da BBC Jimmy Savile, que morreu em 2011.

A investigação policial começou após a transmissão, em outubro, de um documentário na estação ITV com testemunhos de alegadas vítimas, que desencadeou centenas de novas queixas.

Além de Glitter, outras figuras públicas foram detidas no âmbito da operação, entre as quais o animador Freddie Starr e o ex-produtor da BBC Wilfred De’Ath.