Saúde & bem-estar

Nova técnica testada em macacos controla toxina da doença de Alzheimer

Num teste com macacos, uma nova terapia que usa anticorpos – moléculas do sistema imunitário – obteve bons resultados em combater a beta-amilóide, a proteína que causa a doença de Alzheimer quando esta se acumula no cérebro.

A nova técnica, desenvolvida pela Genentech, empresa de biotecnologia incorporada pelo laboratório Roche, solucionou um dos principais obstáculos no desenvolvimento de drogas contra esta doença, caracterizada pela perda de neurónios e por problemas de memória.

Em tubos de ensaio, outros medicamentos já haviam mostrado ser eficazes contra a beta-amilóide, mas é difícil fazer com que uma substância injectada no sangue chegue até aos neurónios que deve tratar. Para tal, é preciso cruzar a chamada barreira hematoencefálica, que protege os neurónios de toxinas do sangue. Quando se trata de moléculas grandes, só aquelas com um tipo de “chave” química conseguem fazê-lo.

No trabalho desenvolvido pela Genentech, o grupo do neurocientista Ryan Watts desenvolveu um anticorpo híbrido, que possui dois braços, com diferentes funções. Um deles tem a tarefa de agarrar a proteína transferrina – uma dessas «chaves» que abrem a barreira hematoencefálica.

O outro braço do anticorpo é o medicamento propriamente dito, que age contra a acumulação da beta-amilóide.

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