Tozé Santos e Sá

Advogado

O nosso reino!

O mundo moderno desconectou os humanos da vida que lhes estava designada. É justo dizer que os humanos estão muito confusos, inseguros e perderam o rumo. Pelo menos o rumo que advém da organização, disciplina e perseverança para o bem próprio e comum.

As pessoas só buscam e só pretendem ajudar-se a si próprias usando os outros ou passando por cima deles, sem temores ou remorsos. Há um desajuste de valores e princípios, procurando-se um fim cheio de bens materiais e futilidades onde a comparação e competitividade com os outros por bens materiais e de luxo é que assume importância relevante.

A sinceridade, a não-violência, o agradecimento, o viver com o que é nosso e com o que temos, são coisas do passado ou de extra-terrestes. Assim, o mundo em que vivemos é um teatro. O espectáculo podia ser bom ou mau, mas tem sido péssimo e caminha para o abismo.

Já poucos sabem o que é uma vida pura sem uso de substâncias toxicas, já poucos sabem o que é educação. Tanto egoísmo, tanta e única vontade de brilhar, de ser visto e se fazer ver, sempre pelas piores razões.

Penso no que venho a observar deste país e, nomeadamente, do que vi em férias e deprimo. Não vislumbro soluções, só vejo, cada vez mais, tentativas de dar o golpe na obtenção de vida de luxo sem esforço meritório.

Justifica-se tudo com, a frase: “o corpo é de cada um e faz-se dele o que se quiser”. E que bom que seria se isso não tivesse implicações para o próximo e para a humanidade. Que bom que seria se não tivessem uns que trabalhar para pagar os impostos que outros consomem. Se fossemos todos iguais quem sustentaria a humanidade? Claro que “o venha a nós” não permite pensar nisso. Agora que sabemos que há gente que não é nada, gente sem responsabilidade, sem esforço, sem cumprir obrigações socias e pessoais mínimas, só plenas de vontade de tudo, sem serem nada, talvez fosse bom começar a valorizar o bom e expugnar os parasitas de vez…

Vou ali, voltar á realidade e tirar um apontamento… Até terça!