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Como melhorar o Abdómen

Todos nos lembramos da nossa barriguinha com a chegada do bom tempo. Durante o inverno podemos disfarçar de uma forma ou de outra, mas quando chega a altura de vestir o fato de banho não temos como esconder os chamados pneus. Os espanhóis chamam-nos de pneus “michelines”.

O primeiro mandamento para perder o abdómen é a dieta equilibrada. Comer menos hidratos de carbono e aumentar as proteínas. O nosso organismo tem mais facilidade para absorver a energia proveniente dos hidratos de carbono e por contra as proteínas tem um metabolismo menos eficazes para extrair energia. Por isso, as proteínas engordam menos. Todos os praticantes de ginástica e de culturismo sabem isto muito bem.

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O segundo conselho importante é fazer exercício físico. Se desejamos perder peso devemos tentar mexer muitos músculos ao mesmo tempo. Por isso emagrecem muito mais os exercícios como a bicicleta, corrida, natação etc. Em casos de sobrepeso (obesidade) devemos tentar preservar as articulações como os joelhos que sofrem muito com o exercício. Um exercício muito aconselhado para melhorar o abdómen é fazer abdominais. Devemos iniciar com 20 diários e depois ir aumentando o número a pouco e pouco. Devemos também fazer dorsais para compensar a coluna. Em caso de existir hérnias discais devemos consultar com o médico antes de fazer este tipo de exercício.

Em caso de ter um estilo de vida saudável e se mesmo assim achamos que temos um abdómen inestético podemos sempre recorrer a cirurgia estética. Para melhorar o abómen podemos ser submetidos a 2 tipos de intervenção cirurgica: abdominoplastia e lipoescultura.

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A abdominoplastia reserva-se para casos com muito excesso de pele, isto acontece geralmente depois da gravidez.

O que é a abdominoplastia?

O aumento do volume abdominal ocasionado pela obesidade, envelhecimento, flacidez muscular e gordura localizada subcutânea, pode ser corrigido com esta cirurgia plástica chamada Mini Abdominoplastia / Abdominoplastia. O objetivo desta cirurgia é retirar o excesso de gordura e pele do abdómen e, quando necessário, corrigir os músculos flácidos do centro do abdómen. Os músculos retos anteriores do abdómen podem estar separados (diastase), como consequência da gravidez ou de sucessivos emagrecimentos e ganhos de peso.

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Procedimento Cirúrgico
Deve ser retirada toda a pele e gordura em excesso. Por isso, é feita uma incisão ou corte horizontal que fica por cima dos pêlos púbicos e é feito o descolamento da gordura e pele que se encontra em excesso por cima e por baixo do umbigo. Na maior parte dos casos é preciso refazer o umbigo. São passados pontos de sutura para aproximar os músculos e é feito o encerramento da loca. Devido ao grande descolamento, devem ser deixados drenos para evitar a formação de seromas.

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Anestesia e duração da cirurgia
A cirurgia, na nossa experiência, dura entre 90 e 180 minutos.
A anestesia pode ser geral ou epidural. Este pormenor deve ser discutido com o cirurgião e com o anestesista.
O internamento varia entre 6-8 horas e 1-2 dias.

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Resultado
A maior parte dos pacientes perdem algum peso com esta cirurgia, mas não pode considerar-se que esta seja uma cirurgia para emagrecer. Destina-se a tratar da gordura localizada e remodelar o contorno corporal.

Os melhores resultados são obtidos em pessoas com um peso próximo da média para a altura e idade, com alguma lassidão da pele da parede abdominal ou um excesso ligeiro de gordura ou flacidez dos músculos da parede abdominal. Pode ser necessário efectuar ocasionalmente pequenos ajustes.

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O resultado em geral é permanente, embora futuras alterações de peso ou gravidezes poderão fazer perder alguns benefícios da intervenção cirúrgica realizada. O seu cirurgião é a pessoa mais indicada para lhe dizer se as suas expectativas são compatíveis com o resultado permitido pela cirurgia.

Embora as cicatrizes sejam o resultado inevitável de qualquer cirurgia, o seu cirurgião fará todos os esforços para que a cicatriz seja o menos perceptível possível. Na maioria dos casos a cicatriz pode ficar escondida pelo biquíni. Contudo, a cicatrização é uma característica pessoal e varia de paciente para paciente. O resultado final é visível ao final de 6 meses.

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Cuidados no período pós-operatório
Após o ato operatório, a paciente fará uso de uma cinta elástica, que deverá ser usada por aproximadamente 30 dias. No início, a cinta será removida apenas para higiene pessoal. Após 30 dias, poderá ser retirada à noite, para dormir.

A paciente deverá apresentar uma posição de tronco semi-fletida nos primeiros dias para evitar tensão na cicatriz. Os drenos saem entre 3 e 7 dias depois da cirurgia. Os pensos são feitos normalmente cada 48 horas na primeira semana e depois cada vez mais espaçadamente. Raramente é necessário uma analgesia muito forte. Banho ou duche somente após a autorização do médico.

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Durante as primeiras semanas de pós-operatório, a paciente não deve realizar esforços físicos, pois existe o risco de abertura das suturas realizadas na musculatura. Depois desse tempo, gradualmente, a paciente vai voltando à sua vida normal e os esforços podem tornar a fazer parte da sua rotina. A cicatriz resultante dependerá fundamentalmente da qualidade de cicatrização dessa paciente em particular. Cada indivíduo apresenta uma peculiaridade especial no que diz respeito à cicatrização.

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Tipos de Abminoplastia
Tipo 1. Abdominoplastia convencional com transposição umbilical e plicatura dos músculos rectos do abdómen.
Tipo 2. Miniabdominoplastia. Não existe transposição umbilical e a cicatriz é muito mais pequena. Está indicada para corrigir pequenos excessos de pele suprapúbica.
Tipo 3. Miniabdominoplastia. Igual à anterior, com uma cicatriz ligeiramente maior. A inserção umbilical pode ser seccionada na sua base. Isto faz com que o umbigo desça ligeiramente a sua posição, mas não deixa cicatriz umbilical.
Tipo 4. Abdominoplastia com transposição umbilical. A cicatriz do antigo umbigo fica por cima da cicatriz horizontal; isto deve-se a não existir suficiente pele em excesso para poder ser retirada.
Outras. Abdominoplastia vertical, abdominoplastia submamária, etc.

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Quais os problemas mais frequentes que podem aparecer numa abdominoplastia?
Embora não seja comum, a abdominoplastia, como qualquer outro ato operatório, pode apresentar complicações como: seroma, hematoma, deiscência de sutura, infecção, necrose de pele, etc. Qualquer que seja o tipo da complicação, é importante ter calma e compreensão, confiando ao médico a responsabilidade da solução do problema.
O surgimento de algum dos problemas acima mencionados faz parte do chamado “risco calculado”, que se aplica a todo tipo de cirurgia. A sua ocorrência, felizmente, não é frequente e não costuma comprometer os resultados definitivamente.

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