Cultura

The Libertines encerraram Alive

O rock dos britânicos The Libertines, que se reuniram este ano para uma série de concertos, encerrou este sábado, dia 12, o palco principal do festival Alive, que regressa ao Passeio Marítimo de Algés em julho de 2015.

Passavam cerca de 15 minutos da meia-noite quando a banda, que lançou o seu mais recente álbum em 2004, subiu ao palco principal da 8ª edição do festival.

No dia com menor afluência de público, os cabeças de cartaz do terceiro dia conseguiram atrair para o palco maior cerca de metade do público das bandas escolhidas como destaque no primeiro (Arctic Monkeys) e segundo (The Black Keys) dias.

Durante uma hora e meia o grupo, que se separou há dez anos, percorreu os dois álbuns que tem editados: “Up the Bracket”, de 2002, e “The Libertines”, de 2004.

Depois da separação, a banda voltou a juntar-se para concertos em 2010 e este ano. O sucesso que a banda teve no início da década de 2000 foi muitas vezes eclipsado pelos problemas de Pete Doherty com droga, álcool e com as autoridades, causando instabilidade no grupo. Aparentemente, esses problemas estarão ultrapassados.

Antes dos The Libertines, passaram pelo palco principal os norte-americanos Foster the People, recebidos efusivamente pelo público.

A banda, pela primeira vez em Portugal, aproveitou para apresentar o seu segundo álbum, “Supermodel”, editado em março, do qual se destaca o primeiro single, “Coming of Age”.

No entanto, não faltaram sucessos do disco de estreia, “Torches”, como “Houdini”, “Pumped Up Kicks” e “Helena Beat”.

No sábado, as atuações no palco principal arrancaram em português, apesar de o nome das bandas poder enganar os mais distraídos.

Pelas 18h00, já o vento soprava forte, subiram ao palco os You Can’t Win Charlie Brown (YCWCB), que atuaram para cerca de duas mil pessoas.

A banda apresentou temas do novo álbum, “Diffraction/Refraction”, editado em janeiro, mas não esqueceu o disco de estreia “Chromatic”. Pelo meio, os YCWCB tiveram ainda tempo para uma versão de “Heroin” dos Velvet Underground.

Pelas 19h20, hora a que começaram a atuar os The Black Mamba, já havia mais público perto do palco principal, mas muito longe da enchente do primeiro dia.

A banda aproveitou o espetáculo para apresentar ao vivo o primeiro single do novo álbum, que será editado ainda este ano, e que tem como convidada especial Aurea, que esteve em palco com a banda a cantar “Wonder Why”.

O vocalista, Pedro Tatanka, dirigiu-se várias vezes em inglês ao público, talvez a pensar nos estrangeiros que estavam no festival.

Quando os britânicos Bastille entraram em palco, ao som do genérico da série de televisão dos anos 1990 “Twin Peaks”, o número de pessoas em frente ao palco principal aumentou dez vezes.

O grupo não precisou de muito para conquistar os milhares que ali estavam para ouvirem temas do seu álbum de estreia, “Bad Blood”, editado no ano passado. Além dos originais, Os Bastille apresentaram ainda versões, como “Scrubs”, das norte-americanas TLC, e o sucesso da eurodance dos anos 1990 “Rhythm of the Night”, dos italianos Corona.

No dia, dos três que durou o festival, em que a afluência de público foi menor, houve outros espetáculos nos outros palcos com direito a casa cheia, caso dos Gyn Party Soundsystem, The War on Drugs e Unknown Mortal Orchestra.

O festival Alive regressa ao Passeio Marítimo de Algés entre nos dias 9, 10 e 11 de julho de 2015.

The Libertines