Cultura

Sugestões de Natal: Livros

Entre romances, policiais e literatura histórica, veja a seleção de livros que pode oferecer neste Natal.

“Uma Vida ao teu lado”, Nicholas Sparks

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Quando Sophia Danko conhece Luke, algo dentro dela muda para sempre. Luke é muito diferente dos homens ricos e privilegiados que a rodeiam. Através dele, Sophia conhece um mundo mais genuíno e puro do que o seu, mas também mais implacável. Ela tem uma vida protegida. Ele vive no limite. À medida que se descobrem e apaixonam, Sophia encara a possibilidade de um futuro diferente do que tinha imaginado. Um futuro que Luke tem o poder de reescrever… se o segredo que o atormenta não os destruir a ambos. Não muito longe, algures numa estrada escura, um desconhecido está em apuros. Ira Levinson tem 90 anos e acabou de sofrer um acidente de carro. Ao tentar manter-se consciente, Ira sente a presença de Ruth, a sua mulher que morreu há 9 anos, materializar-se a seu lado. Ela encoraja-o a lutar pela vida, relembrando a história de amor que os uniu. Ira sabe que Ruth não pode estar no carro com ele mas agarra-se às suas delicadas memórias, revivendo as tristezas e alegrias que definiram a sua paixão. Ira e Ruth. Sophia e Luke. Dois casais com pouco em comum, cujas vidas vão cruzar-se com uma intensidade inesperada nesta celebração do poder do amor e da memória. Uma viagem extraordinária aos limites mais profundos do coração humano pela mão de Nicholas Sparks.

 

“Um Milionário em Lisboa”, José Rodrigues dos Santos

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Baseado em acontecimentos verídicos, Um Milionário em Lisboa conclui a espantosa história iniciada em O Homem de Constantinopla e transporta-nos no percurso da vida do arménio que mudou o mundo – confirmando José Rodrigues dos Santos como um dos maiores narradores da literatura contemporânea. Kaloust Sarkisian completa a arquitectura do negócio mundial do petróleo e torna-se o homem mais rico do século. Dividido entre Paris e Londres, cidades em cujas suítes dos hotéis Ritz mantém em permanência uma beldade núbil, dedica-se à arte e torna-se o maior coleccionador do seu tempo. Mas o destino interveio. O horror da matança dos Arménios na Primeira Guerra Mundial e a hecatombe da Segunda Guerra Mundial levam o milionário arménio a procurar um novo sítio para viver. Após semanas a agonizar sobre a escolha que teria de fazer, é o filho quem lhe apresenta a solução: Lisboa. O homem mais rico do planeta decide viver no bucólico Portugal. O país agita-se, Salazar questiona-se, o mundo do petróleo espanta-se. E a polícia portuguesa prende-o.

 

“Até ao fim do mundo”, de Maria Semple

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Finalista do Women´s Prize for Fiction 2013, “Até ao fim do mundo” é um livro despretensioso (não no sentido negativo…) mas de uma actualidade exemplar. Escritora e argumentista (autora por exemplo de “Saturday Night Live”, “Arrested Developmen” ou “Ellen”), nomeada aos prémios Emmy, Semple escreve a história do desaparecimento de Bernadette Fox, uma super-mulher (arquitecta famosa, invejada pelas amigas, mãe carinhosa, etc.) que desaparece de um momento para o outro. Não estamos no entanto perante um policial, longe disso. A norte-americana reflexiona sobre a relação entre mães e filhos, mas também o amor, o trabalho, a amizade e a família. Semple com o humor presente, o que faz da leitura de «Até ao fim do mundo» bastante agradável, ainda mais quando Semple apresenta uma estrutura bastante inovadora, já que temos no livro mails, cartas, mensagens, gravações, etc. A variedade de géneros presentes é realmente uma das mais-valias do livro, que, aos poucos, revela quem é realmente Bernadette Fox.

 

“O Barão”, Sveva Casati Modignani

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Bruno Brian di Monreale, o Barão, como é conhecido, é o último descendente de uma antiga e nobre família siciliana. Bruno cresce na Califórnia, com um pai severo e distante e uma mãe dividida entre um casamento precipitado, onde não existe amor, e uma paixão deixada na sua Sicília longínqua. No entanto, são as raízes sicilianas que levam Bruno a regressar à sua ilha natal, ao seu avô, um velho aristocrata e a Calò, o padrinho sempre presente. Serão estas duas figuras que lhe irão transmitir o saber ancestral das velhas famílias e da sua ética e código de justiça. Bruno di Monreale envolve-se nos negócios do petróleo e das grandes multinacionais, tornando-se num homem poderoso e fascinante. Os amores inconsequentes e os casos fortuitos sucedem-se na sua vida glamorosa mas dominada pela insatisfação, até que se cruza com Karin, uma mulher reservada e misteriosa. Karin revelar-se-á o desafio por que Bruno ansiava e vai trazer-lhe o equilíbrio há tanto desejado. Em O Barão, um dos primeiros romances da autora, Sveva Casati Modignani revela-nos os meandros de uma sociedade disposta a tudo para manter os seus privilégios, criando um mosaico de personagens vibrantes.

 

“Quando o cuco chama”, de Robert Galbraith

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Há um novo detective no género policial, Cormoran  Strike. Metódico, calculista e brilhante analista, o novo investigador acaba por ter de resolver a morte da super-modelo Lula Landry, que, teoricamente, se suicidou, algo que não convence o irmão John Bristow, que contrata os seus serviços. Com a vida amorosa em frangalhos, Strike acaba por ser ajudado pela secretária Robin Ellacott, contratada por um pequeno período de tempo. Galbraith apresenta uma obra bastante apelativa em termos de mistério, oferecendo ao leitor aqui e ali as pistas necessárias para o desenrolar da história, que poderá causar estupor ao leitor com o seu final. Como é habitual, o mistério base do livro serve antes de tudo para falar sobre um tema, concretamente a fama e as suas consequências, os seus benefícios mas principalmente as suas mazelas, como a perda paulatina da identidade, por exemplo, ou a solidão. Bem construído, com uma estrutura clássica que relembra os principais nomes dos policiais, «Quando o cuco chama» é um óptimo cartão de visita de um novo detective. Por último, de referir que a obra lançada pela Presença foi escrita por… J. K. Rowling, autora da saga Harry Potter, que usou o pseudónimo Robert Galbraith para fugir da pressão dos media e dos leitores. A autora já revelou que o livro terá uma sequela.

 

“Bridget Jones – Ele dá-me a volta à cabeça!”, de Helen Fielding

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Depois da sua estreia, nos anos 90, a autora reavivou a protagonista, agora com 51 anos. Apesar da idade, mantém o seu jeito de menina e a sua obsessiva preocupação com o peso, o consumo de álcool, e, agora, com a quantidade de pastilhas Nicorette que consome (já desistiu dos Silk Cut). Mas agora os tempos são outros, já tem conta no Twitter e recorre a Botox.
”Ele dá-me a volta à cabeça!” começa quatro anos após a morte de Mark Darcy, com uma Bridget já prestes a terminar o seu luto e pronta para voltar a assumir as rédeas da sua missão. Ou seja, voltar a arranjar o par ideal.
Persistem os mal-entendidos e os “bad timings” recorrentes na série e que provocam sempre umas valentes gargalhadas, mas agora Bridget, com os seus 51 anos, já se mexe em terrenos menos pantanosos, exceto quando se depara com a desaprovação do seu filho quando começa a atirar-se ao seu professor, o elegante Mr. Wallaker. Bridget, não obstante, continua a ser uma completa desajeitada no que toca às relações, mas é essa particularidade que parece atrair todos os seus heróis românticos.
Uma comédia fantasiosa, ligeira, mas que quer mostrar que é possível dar a volta por cima, mesmo quando tudo ao nosso redor parece estar a desabar. E Fielding surpreende por não querer que esta série termine com um insípido e foram felizes para sempre.

 

“Frutos Proibidos”, Sylvia Day

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A febre dos romances eróticos veio para ficar. Sylvia Day é a autora que se tornou best-seller do género, depois de EL James, autora de “As 50 Sombras de Grey”. Ntes romance o mundo dos sonhos mistura-se com o real. Leia a sinopse: Há prazeres sensuais que só podem ser desfrutados durante a noite… Existem guardiões imortais que protegem os nossos sonhos. Sem sabermos, todos somos presas de obscuros inimigos que se alimentam dos nossos receios mais profundos. O capitão Aidan Cross é um desses guardiões e chega no crepúsculo, entre o sono e a consciência, para satisfazer os desejos mais secretos de Lyssa Bates. Quando se encontram nos sonhos, ela sente que nunca experienciou tal êxtase, rendida ao homem cujos enigmáticos olhos azuis prometem tentações e prazeres. Mas este estranho, este amante e sedutor imortal, não passa de um fantasma nas suas fantasias noturnas… até ao momento em que aparece à sua porta, em carne e osso. Lyssa nada mais deseja do que entregar-se a ele, mas um grave perigo rodeia o capitão Aidan Cross. Ele encontra-se numa missão secreta e a paixão carnal que os consume a ambos poderá ter pesadas consequências para o mundo dos sonhos… e, mais grave, para o mundo real.

 

“Ínclita Geração”, Isabel Stilwell

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Era feita de luzes e de sombras. O pintor flamengo Van Ecky havia entendido a sua essência como ninguém e pintado as linhas do seu rosto e o seu caráter, em dois quadros distintos, para mostrar ao noivo Filipe III, duque da Borgonha. Um feito de luzes, outro feito de sombras. Isabel, tal como a sua mãe, D. Filipa de Lencastre, casava tarde. E a ideia de deixar Portugal, o pai envelhecido, os cinco irmãos em constante desacordo, e Lopo, irmão de leite e melhor amigo, para partir para um país longínquo e gelado atormentava-lhe o coração. Era a terceira mulher de Filipe, já duas vezes viúvo, esperava vir a dar-lhe o herdeiro legítimo de que Borgonha tanto precisava. A sua fama de mulherengo atravessava fronteiras… Mas Isabel sabia que nascera para cumprir um destino, ser a Estrela do Norte, que firme no céu indica o caminho. Saberia mudá-lo, torná-lo num homem diferente, acreditava Isabel. Na manga levava um trunfo que apenas partilhava com o seu irmão Henrique e com o seu fiel Lopo, na esperança de se tornar senão amada, pelo menos indispensável. Mas ao longo da sua vida, as sombras foram ganhando terreno e os acontecimentos precipitaram-se numa espiral que Isabel não conseguia travar, e de que apenas o seu filho a podia salvar.   Isabel Stilwell, a autora de romances históricos mais lida em Portugal, regressa à escrita com a surpreendente história de Isabel de Borgonha, a única mulher da chamada Ínclita Geração. A geração perfeita, filhos de Avis, cantada por Camões, que marcou, cada um à sua maneira, a História de Portugal. Um romance empolgante que acompanha a vida desta mulher do século XV, que assumiu com inteligência e determinação o seu papel no governo de Borgonha urdindo alianças com França e Inglaterra, que procurou salvar Joana d’ Arc da morte, abriu os braços aos sobrinhos fugidos de Portugal, num período de tumultos e divisões. Foi aliada das descobertas do infante D. Henrique, assistindo impotente à morte do seu querido irmão D. Fernando às mãos dos infiéis… Uma mulher que nunca esqueceu que era filha de Filipa de Lencastre e princesa de Portugal.

 

“Mães de Filhas com História”, Fátima Lopes

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O amor entre uma mãe e uma filha pode ser vivido e sentido de diferentes formas. Pode ser um amor incondicional. Um amor abnegado. Um amor cúmplice, baseado na mais profunda amizade. Um amor temeroso ou respeitador. Castrador ou potenciador. Foi na procura destas diferentes formas de amor que Fátima Lopes enveredou pela História, para descobrir estas Mães e Filhas. Catarina de Bragança foi Rainha de Inglaterra, mas sempre viveu na sombra da sua poderosa e demasiado exigente mãe Luísa de Gusmão. Beatriz será um peão nas mãos da sua mãe Leonor Teles cuja principal lição que deixou à filha foi que se deve conquistar o poder, sem olhar a meios. D. Maria II assistiu ao sofrimento da sua adorada mãe, maltratada pelo marido e jurou a si própria não seguir o seu exemplo. Seria uma mulher independente e teria um casamento feliz e respeitoso. D. Mariana Raimunda e a Marquesa de Távora partilhavam uma fé profunda, mas nem esta as livrou, a elas e aos seus, do terrível destino que tiveram. Catarina de Áustria é Rainha de Portugal, mulher de poder, austera, que nunca esqueceu os terríveis anos de cativeiro vividos ao lado da sua mãe, Joana a Louca, no Mosteiro de Tordesilhas. Filipa de Lencastre, mãe da Ínclita Geração, fez questão de educar os filhos na fé e em valores fortes. Isabel sua filha irá honrar a sua memória ao se tornar na distinta Duquesa de Borgonha. Sissi, Imperatriz da Áustria e da Hungria viu os seus filhos serem afastados de si por uma sogra controladora. Apenas a última filha Maria Valéria viveu a seu lado e tornou-se na sua verdadeira obsessão. A história da czarina da Rússia Alexandra e da sua filha Anastasia é marcada pela tragédia. Já Maria Antonieta confessava em surdina o medo que sentia da sua mãe a imperatriz Maria Teresa. Para Catarina de Médicis os filhos eram armas para atingir os seus objectivos. Margarida a sua filha aprende bem a lição e ela própria não hesita em colocar o seu corpo ao serviço da política. Depois dos seus anteriores bestsellers, a autora e apresentadora de televisão Fátima Lopes regressa à escrita de forma surpreendente. Uma visita à História, que nos permite ficar a conhecer cada uma destas mulheres, no seu papel menos conhecido e explorado, o de mães e filhas. Um relato emotivo e intimista de uma autora que reconhece sem dúvidas que o seu maior papel nesta vida é ser mãe.

 

“Triplo”, Ken Follet

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Autor com mais de 130 milhões de livros vendidos em todo o mundo, Ken Follett tornou-se célebre pelos seus thrillers e romances históricos. “Triplo” é um enredo com contornos de grande suspense, bestseller do New York Times, sobre um espantoso golpe de espionagem – e um dos mais bem-guardados segredos – do século XX.

 

“A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert”, Joel Dicker

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O livro sensação do ano.Verão de 1975, Aurora.Nola Kellergan, uma jovem de 15 anos, desaparece misteriosamente da pequena vila costeira de Nova Inglaterra. As investigações da polícia nada descobrem. Primavera de 2008, Nova Iorque.Marcus Goldman, jovem escritor, vive atormentado com uma crise de página em branco, depois de o seu primeiro romance ter tido um sucesso inesperado. Sente-se incapaz de escrever, e o prazo para entregar o novo romance expirará dentro de poucos meses. Junho de 2008, Aurora. Harry Quebert, professor universitário e um dos escritores mais respeitados do país, é preso e acusado de assassinar Nola Kellergan, depois de o cadáver da rapariga ser descoberto no seu jardim. Alguns meses antes, Marcus, amigo e discípulo de Harry, descobrira que o professor vivera um romance com Nola, pouco tempo antes do desaparecimento da jovem. Convencido da inocência de Harry, Marcus abandona tudo e parte para Aurora para conduzir a sua própria investigação. O objectivo é salvar a sua carreira, escrevendo um livro sobre o caso mais quente do ano, e dar resposta à incógnita que inquieta toda a América: Quem matou Nola Kellergan? “Toda a gente falava do livro. Esta é a primeira frase do romance ‘A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert’: uma profecia que se cumpriu, pois o livro de Joël Dicker já se transformou num fenómeno mundial”. – Le Monde    

 

“Inferno”, Dan Brown

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“Inferno” marca o regresso de Robert Langdon, o famoso simbologista de Harvard que protagonizou “O Código Da Vinci”, “Anjos e Demónios” e “O Símbolo Perdido”. Este novo romance é passado em Itália e tem ecos do clássico da literatura “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, a que vai buscar o título de uma das partes, o “Inferno”. Dan Brown confessa que embora tenha estudado o “Inferno de Dante”, apenas recentemente, enquanto pesquisava em Florença, se deu conta do peso da influência do poeta florentino no mundo moderno: “com este novo romance, quero levar os leitores a mergulharem numa viagem neste mundo misterioso… Uma paisagem de códigos, símbolos e muitas passagens secretas”.

 

“Em Parte Incerta”, Gillian Flynn

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O casamento pode dar cabo de uma pessoa…Uma manhã de verão no Missouri. Nick e Amy celebram o 5º aniversário de casamento. Enquanto se fazem reservas e embrulham presentes, a bela Amy desaparece. E quando Nick começa a ler o diário da mulher, descobre coisas verdadeiramente inesperadas…Com a pressão da polícia e dos media, Nick começa a desenrolar um rol de mentiras, falsidades e comportamentos pouco adequados. Ele está evasivo, é verdade, e amargo – mas será mesmo um assassino? Entretanto, todos os casais da cidade já se perguntam, se conhecem de facto a pessoa que amam. Nick, apoiado pela gémea Margo, assegura que é inocente. A questão é que, se não foi ele, onde está a sua mulher? E o que estaria dentro daquela caixa de prata escondida atrás do armário de Amy?Com uma escrita incisiva e a sua habitual perspicácia psicológica, Gillian Flynn dá vida a um thriller rápido e muito negro que confirma o seu estatuto de uma das melhores escritoras do género. “Afiado como um picador de gelo”, diz o New York Times. “Engenhoso e viperino. Vai fazer de Gillian Flynn uma estrela”, refere a Entertainment Weekly. “O retrato de um casamento tão aterrador e hilariante que o vai fazer pensar em quem é de facto a pessoa no outro lado da sua cama”, escreve a Time.

 

“A Desumanização”, Valter Hugo Mãe

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“Mais tarde, também eu arrancarei o coração do peito para o secar como um trapo e usar limpando apenas as coisas mais estúpidas”. Passado nos recônditos fiordes islandeses, este romance é a voz de uma menina diferente que nos conta o que sobra depois de perder a irmã gémea. Um livro de profunda delicadeza em que a disciplina da tristeza não impede uma certa redenção e o permanente assombro da beleza. O livro mais plástico de Valter Hugo Mãe. Um livro de ver. Uma utopia de purificar a experiência difícil e maravilhosa de se estar vivo.

 

“Madrugada Suja”, Miguel Sousa Tavares

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Um surpreendente romance sobre o Portugal que construímos. Três histórias que se cruzam desde uma aldeia deserta até ao topo do poder. No princípio, há uma madrugada suja: uma noite de álcool de estudantes que acaba num pesadelo que vai perseguir os seus protagonistas durante anos. Depois, há uma aldeia do interior alentejano que se vai despovoando aos poucos, até restar apenas um avô e um neto. Filipe, o neto, parte para o mundo sem esquecer a sua aldeia e tudo o que lá aprendeu. As circunstâncias do seu trabalho levam-no a tropeçar num caso de corrupção política, que vai da base até ao topo. Ele enreda-se na trama, ao mesmo tempo que esta se confunde com o seu passado esquecido. Intercaladamente, e através de várias vozes narrativas, seguimos o destino dessa aldeia e em simultâneo o dos protagonistas daquela madrugada suja e daquela intriga política. Até que o final do dia e o raio verde venham pôr em ordem o caos aparente.

 

“Vida e Alma”, Helena Sacadura Cabral

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Há hoje uma grande necessidade de reencontrar valores e emoções que a maioria de nós julgará perdidos. Não estão. Apenas se encontram adormecidos. Talvez por isso, começou a nascer em mim a vontade de repensá-los. Foi assim que surgiu este breviário dos sentimentos, um por cada dia do mês. Acredito que a sensação que me invade quando penso que tenho família, amor, amizade, saúde, casa e trabalho é muito próxima da que, julgo, será a da felicidade. E, quando me é dada a fabulosa possibilidade de ver dois netos crescer, devo estar muito perto de poder considerar-me uma mulher feliz! Será que não deveríamos todos, neste momento difícil para muitos, tentar requalificar as nossas prioridades, de modo a sentirmo-nos um pouco menos infelizes e vazios? Espero que ao lerem este livro possam fazer a vossa própria viagem sentimental e persigam na busca incansável dos valores que quebram a espuma dos dias e são o esteio do nosso corpo e da nossa alma.